Geralmente, a campanha
de guerrilha utiliza intervenções urbanas,
situações interessantes na rua, que chamam a atenção das pessoas e geram um
rumor que privilegia a marca.
Um sex shop na Suíça, por exemplo, colocou um carro estacionado em
frente à loja. Os vidros do carro foram cobertos por adesivos que mostravam o
que parecia ser uma cena de sexo dentro do carro. Não dava para ver direito,
como se o vidro estivesse embaçado, mas as pessoas paravam para ver e, de
tabela, olhavam para o sex shop.
Um salão de beleza no Canadá encontrou uma maneira
interessante de premiar seus clientes e, ao mesmo tempo, gerar mídia
espontânea. Quando estava chovendo, as clientes recebiam um guarda-chuva
transparente, com a logomarca do salão. Como resultado, saíam pela cidade,
exibindo seus belos cabelos sob o guarda-chuva transparente com a logo da
empresa.
Na França, um partido
político, na época das férias, distribuiu entre seus filiados uma sandália
havaiana com as iniciais no solado. Conforme estes andavam nas praias, iam
“carimbando” as iniciais na areia.
A revista de humor
Merda, do Rio de
Janeiro, usou estátuas vivas para gerar rumor e, ao mesmo tempo, fazer
distribuição de amostras. As estátuas só precisavam parar numa posição em que
parecessem estar lendo a revista. Ao lado delas, uma cesta de revistas. Quem
deixasse dinheiro para a estátua, podia levar uma revista para casa.
O supermercado Y. Yamada usou
uma tática simples de intervenção urbana nos aeroportos de Belém (PA) e Macapá
(AM): malas na esteira de bagagem com a cor vermelha, típica da empresa, com o
adesivo “Bem-vindo, gente boa” e outro com o cartão da empresa. À primeira
vista, parecia apenas uma mala de um dos passageiros. Essa intervenção teve
muito mais resultado do que as propagandas convencionais, já que ficava
justamente no local para onde todo mundo estava olhando (a esteira de bagagens)
e não parecia um anúncio.
O mais famoso caso brasileiro de intervenção
urbana foi o da noiva abandonada de Belo Horizonte (MG). Uma mulher vestida de
noiva começou a comparecer em locais em que havia muita gente vestida de noiva,
distribuindo panfletos com um desenho de seu noivo, que a havia deixado sozinha
no altar. Os panfletos diziam que ela pretendia se vingar, saindo com outros homens,
e que estava selecionando candidatos. O caso gerou interesse na mídia, que fez
várias matérias sobre o assunto. A noiva chegou a ser a atração principal do
programa de TV Superpop. Foi nesse programa que se revelou que a história toda
era, na verdade, uma estratégia de divulgação do filme 5
Frações de uma Quase História.
Sem comentários:
Enviar um comentário