Em 2003 eu fiquei acamado com uma hepatite A que
se complicou graças a um diagnóstico errado. Passei mais de um mês com
recomendação de me movimento o mínimo possível. Para me distrair comecei a
escrever uma história sobre um homem que descobre que tem a capacidade de voar.
Com o tempo seus caminhos se cruzam com um homem também dotado de uma habilidade
extraordinária: a capacidade de ler mentes. Mas este homem é um psicopata e
tanto a vida do herói quanto a de sua esposa podem estar em perigo. Como se
pode ver, é uma história de super-heróis, mas sem super-heróis, ou pelo menos
como estamos acostumados a vê-los, com uniformes, logomarcas etc. A principal
influência era o filme Corpo Fechado, de M. Night Shyamalan, na minha opinião
um dos melhores filmes sobre quadrinhos de todos os tempos. Quando a editora
Draco abriu seleção para a coletânea Super-heróis, mandei a história, que
acabou sendo publicada com o título de “Sete horas”. Uma curiosidade é que o
desenhista que ilustrou o livro, Angelo de Capua, me encontrou em um evento de
quadrinhos e me presenteou com o original da imagem usada em minha história.
Segundo ele, a minha tinha sido uma das histórias que ele mais gostara de
ilustrar.
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