Antes de mais nada, um
alerta de spoiller: se você gosta de textos que não tenham informações sobre a
trama dos livros, pule esta resenha. Impossível falar de Cujo sem contar um
pouco da história.
Dito isso, Cujo é um
dos livros mais impressionantes de Stephen King. É também um dos mais angustiantes.
É uma obra sobre como algo pequeno pode tomar dimensões cada vez maiores, sobre
como algo pequeno pode se tornar um verdadeiro terror quando ninguém parece
prestar atenção ao que está vindo.
Na história, um enorme
cão São Bernardo é mordido por um morcego e contrai raiva. O leitor antecipa a
tragédia que se aproxima, mas nenhum dos personagens que poderiam fazer algo
percebe de fato o nível do que está acontecendo, nem mesmo o mecânico dono da
fazenda, que acaba sendo morto pelo cão. A trama de fato se desenvolve quando
uma mulher chega com seu filho para consertar o carro e fica presa no mesmo,
com a fera raivosa do lado de fora. Enquanto isso, uma infeliz união de coincidências,
como o marido estar em uma viagem de negócios, faz com que o socorro pareça
cada vez mais distante.
A narrativa é
centrada, portanto, na mulher presa ao carro, tentando a todo custo sobreviver
e manter vivo seu filho enquanto lá fora uma fera raivosa de 90 quilos parece
ter como único objetivo matá-los.
Como nas melhores histórias
de King, Cujo não é apenas uma história sobre um perigo externo: é também sobre
os conflitos internos dos diversos personagens. O balanço entre esses dois
elementos é absolutamente equilibrado, deixando o leitor constantemente com
sentimento de angústia pelo destino dos protagonistas. O livro tem 330 páginas.
Ali pela página 150 é impossível largar.
Cujo é, portanto, um
dos livros obrigatórios de King. E a edição da Suma é um item de colecionador,
com a belíssima capa dura em vermelho com a imagem da pegada do cachorro.
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