A terrível vida real de Tom Strong é o primeiro volume da série lançada pela Panini escrita e desenhada exclusivamente por convidados. Escritores e artistas receberam uma tarefa inglória: igualar a fase de Alan Moore, explorando aspectos ainda não explorados na série.
O resultado é irregular.
No geral, as histórias seguem uma média. Mas dois se destacam, por motivos diversos.
Steve Aylett e Shawn McManus fazem a pior história da revista. Mal-ajambrada, muitas vezes sem sentido e distantes da proposta do personagem. Personagens irreais surgem do nada e não há preocupação em se criar verossimilhança para eles. Parece alguém tentando imitar Grant Morrison na Patrulha do Destino, mas com o personagem errado.
O melhor exemplo é a história que dá título ao volume, escrita por Ed Brubaker e com desenhos Ducan Fegredo. Nela, usando um artefato maia, um vilão consegue criar uma realidade em que Tom Strong não existe - e o herói se torna um simples operário em um mundo decadente, sujo, repleto de políticos corruptos. É o tipo de história que se encaixa no personagem e a sacada irônica do final é realmente genial.
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