quinta-feira, julho 19, 2018

Planeta dos macacos


Planeta dos Macacos, filme de 1969, dirigido por Franklin J. Schaffner, é uma daquelas obras que, em meio à aventura e à ficção científica, fazem a plateia pensar. Nele, astronautas cruzam o espaço e caem numa terra estranha, em que os humanos são selvagens que não falam e os macacos dominam. Posteriormente fica claro que se trata de uma terra do futuro, na famosa cena de Charlton Heston diante da estátua da liberdade meio encoberta pela areia.
A sacada mais genial do filme (a revelação final) foi, provavelmente, obra do roteirista Rod Serling, que já havia usado um final parecido em um episódio do seriado Além da Imaginação, em que astronautas caem em um planeta e acabam se matando uns aos outros achando que não encontrarão água e comida para só depois descobrirem que estavam no deserto do Novo México.
A genialidade do filme está não só em ter cenas inesquecíveis, ou ser uma das melhores ficções científicas de todos os tempos, mas também em refletir sobre a questão do humano e a cegueira dos paradigmas.
O filme teve sequências, um seriado de TV, um desenho animado, a pífia refilmagem de Tim Burton e agora estreia mais uma série de filmes. Mas nenhuma dessas obras chega ao menos perto da pungente versão original de 1969.

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