Planeta dos Macacos, filme de 1969,
dirigido por Franklin J. Schaffner, é uma daquelas obras que, em meio à
aventura e à ficção científica, fazem a plateia pensar. Nele, astronautas
cruzam o espaço e caem numa terra estranha, em que os humanos são selvagens que
não falam e os macacos dominam. Posteriormente fica claro que se trata de uma
terra do futuro, na famosa cena de Charlton Heston diante da estátua da
liberdade meio encoberta pela areia.
A sacada mais genial do filme (a
revelação final) foi, provavelmente, obra do roteirista Rod Serling, que já
havia usado um final parecido em um episódio do seriado Além da Imaginação, em
que astronautas caem em um planeta e acabam se matando uns aos outros achando
que não encontrarão água e comida para só depois descobrirem que estavam no
deserto do Novo México.
A genialidade do filme está não só em
ter cenas inesquecíveis, ou ser uma das melhores ficções científicas de todos
os tempos, mas também em refletir sobre a questão do humano e a cegueira dos
paradigmas.
O filme teve sequências, um seriado
de TV, um desenho animado, a pífia refilmagem de Tim Burton e agora estreia
mais uma série de filmes. Mas nenhuma dessas obras chega ao menos perto da
pungente versão original de 1969.
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