Há uma idéia generalizada de que os pulp fiction são uma forma menor de literatura. Muitos, inclusive, traduzem o termo como literatura barata. Nada mais falso. Em mais de um século de existência, os pulp publicaram alguns dos grandes autores de sua época e revelaram grandes nomes da literatura.
A história dos pulps começa em 1896, quando o editor Frank Mnsey resolveu transformar uma revista para meninos, The Argosy, numa revista de ficção adulta com formato de 17 por 25 cm. O papel, de péssima qualidade e altamente descartável, era feito da polpa da árvore, daí o nome pulp. A publicação custava apenas um centavo. Mais tarde, alguns pulps chegariam a custar até 20 centavos.
Os pulps surgiam como uma opção de leitura e diversão para uma grande massa de trabalhadores que emigrava do campo para a cidade, formando o que seria chamado de sociedade de massas. O salário médio de um operário era de 7 dólares semanais e o preço dos pulps não pesavam no bolso. Em 1907 The Argosy já vendia 500 mil exemplares. Preço baixo e grandes tiragens seriam a receita de sucesso dos pulps até meados do século passado.
O mesmo Munsey iria lançar uma das mais célebres publicações no gênero: All-Story Magazine. Foi nessa revista que Edgar Rice Burroughs lançou em 1912 a história “Sob as luas de Marte”, com o personagem John Carter de Marte. Pouco depois ele criou, para a mesma revista, um personagem que se tornaria uma lenda do século XX: Tarzan.
A partir da década de 20 os pulps entraram em decadência devido à concorrência do rádio e do cinema. A reação dos editores deu origem a uma das eras mais prolíferas do gênero: as revistas passaram a ser temáticas. Surgiram revistas sobre crimes, ficção científica, terror, faroeste e até revistas sobre submarinos e zepelins.
As revistas de crime revelaram um dos maiores escritores norte-americanos: Dashiell Hammett, autor de O Falcão Maltes e criador do romance noir. Esse novo tipo de história mudava a ótica das histórias policiais, tornando-as mais realistas. A linguagem seca e rápida de Hammett teria grande influência sobre escritores badalados, como o brasileiro Ruben Fonseca.
As revistas de ficção-científica revelaram nomes como Isaac Assimov e Ray Bradbury. Posteriormente essas revistas passariam por uma reformulação editorial e se tornariam mais elitistas, como o são hoje.
Mas o que ficou marcado na mente das pessoas foram os personagens criados para essas revistas. Além de Tarzã, muitos outros desfilaram pelas páginas dos pulp fictions: O Sombra, Doc Savage, Capitão Futuro, Conan, Buck Rogers, Fu Manchu e muitos outros.
Esses personagens seriam uma virada nos pulps e talvez sem eles esse tipo de revista não teria alcançado tanto sucesso numa época em que a crise econômica arrasava o mundo inteiro.
A história dos pulps começa em 1896, quando o editor Frank Mnsey resolveu transformar uma revista para meninos, The Argosy, numa revista de ficção adulta com formato de 17 por 25 cm. O papel, de péssima qualidade e altamente descartável, era feito da polpa da árvore, daí o nome pulp. A publicação custava apenas um centavo. Mais tarde, alguns pulps chegariam a custar até 20 centavos.
Os pulps surgiam como uma opção de leitura e diversão para uma grande massa de trabalhadores que emigrava do campo para a cidade, formando o que seria chamado de sociedade de massas. O salário médio de um operário era de 7 dólares semanais e o preço dos pulps não pesavam no bolso. Em 1907 The Argosy já vendia 500 mil exemplares. Preço baixo e grandes tiragens seriam a receita de sucesso dos pulps até meados do século passado.
O mesmo Munsey iria lançar uma das mais célebres publicações no gênero: All-Story Magazine. Foi nessa revista que Edgar Rice Burroughs lançou em 1912 a história “Sob as luas de Marte”, com o personagem John Carter de Marte. Pouco depois ele criou, para a mesma revista, um personagem que se tornaria uma lenda do século XX: Tarzan.
A partir da década de 20 os pulps entraram em decadência devido à concorrência do rádio e do cinema. A reação dos editores deu origem a uma das eras mais prolíferas do gênero: as revistas passaram a ser temáticas. Surgiram revistas sobre crimes, ficção científica, terror, faroeste e até revistas sobre submarinos e zepelins.
As revistas de crime revelaram um dos maiores escritores norte-americanos: Dashiell Hammett, autor de O Falcão Maltes e criador do romance noir. Esse novo tipo de história mudava a ótica das histórias policiais, tornando-as mais realistas. A linguagem seca e rápida de Hammett teria grande influência sobre escritores badalados, como o brasileiro Ruben Fonseca.
As revistas de ficção-científica revelaram nomes como Isaac Assimov e Ray Bradbury. Posteriormente essas revistas passariam por uma reformulação editorial e se tornariam mais elitistas, como o são hoje.
Mas o que ficou marcado na mente das pessoas foram os personagens criados para essas revistas. Além de Tarzã, muitos outros desfilaram pelas páginas dos pulp fictions: O Sombra, Doc Savage, Capitão Futuro, Conan, Buck Rogers, Fu Manchu e muitos outros.
Esses personagens seriam uma virada nos pulps e talvez sem eles esse tipo de revista não teria alcançado tanto sucesso numa época em que a crise econômica arrasava o mundo inteiro.
O Sombra é um bom exemplo dessa nova perpectiva. O personagem surgiu em um programa de rádio. Ele era o apresentador de um programa baseado nas narrativas da revista Histórias de Detetive. No dia 31 de julho os norte-americanos se espantaram com um voz cavernosa que ria e dizia: “Quem sabe o mal que se esconde no coração dos homens? O Sombra sabe”.
O editores esperavam que o programa alavancasse as vendas da revista. Mas as pessoas iam às bancas procurando justamente as aventuras daquele personagem misterioso. Daí para que o personagem se tornasse uma estrela dos pulps foi um pulo. O escritor Walter Gibson, sob o pseudônimo de Maxwell Grant escreveu nada menos que 283 histórias do personagem, transformando-o num fenômeno mundial. Até no Brasil o Sombra chegou a ter um programa de rádio.
O Sombra daria a tônica do que seriam os heróis dos pulps: um herói destemido e misterioso que combate o mal ajudado por uma equipe de especialistas.
Esse seria o mesmo mote de Doc Savage. Desde sua infância Savage cultivou o corpo e o intelecto, tornando-se um gênio e ao mesmo tempo um atleta. Além disso, sua pele tem uma coloração bronzeada que lhe valeu o apelido de Homem de Bronze. Em suas aventuras ele contava com a ajuda de cinco amigos e juntos combatiam o mal com muita coragem e os mais avançados aparelhos tecnológicos.
Savage migrou para o cinema, e para os quadrinhos, sempre com muito sucesso.
Capitão Futuro, criado por Edmond Hamilton, é outro personagem que fez história, agora num cenário de ficção científica.
A história se passa na década de 1990.
Capitão Futuro é um verdadeiro um super-homem, com visão esplendida, reflexos super-desenvolvidos e gênio super-desenvolvido. De sua base na Lua ele vive as mais extraordinárias aventuras ao lado de seus três companheiros: Um robô pensante feito à sua própria semelhança; Simon Wright, a enciclopédia viva, um cientista que para se livrar de uma doença fatal, teve seu cérebro transplantado para um tanque e Otho um guerreiro de cristal que muda de forma quando é necessário.
A primeira história começa com um parágrafo que dá o tom épico do personagem: “O nome e a fama do Capitão Futuro são conhecidos por todo homem e mulher viventes. As incríveis façanhas do mais assombroso aventureiro da história serão narrados enquanto existir a humanidade”.
A mitologia criada pelos pulps é tão forte que impregnou o cinema, os quadrinhos e a imaginação de milhões de pessoas no mundo todo. De Indiana Jones ao Super-homem, a cultura pop deste século deve muito aos pulp fictions.
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