No início da década de 1980 os gibis que mais vendiam, tanto na DC
quanto na Marvel, eram dois azarões.
X-men estava para ser cancelada quando foi salva por Chris
Claremont e se tornou um hit na fase Byrne - Claremont.
Os Novos Titãs, uma releitura da Turma Titã mudou completamente a
forma como os parceiros mirins eram mostrados nos quadrinhos e angariou uma
geração de fãs, tornando-se um sucesso duradouro.
Seria uma ótima ideia, portanto, juntar os dois grupos juvenis em
um crossover Marvel – DC. Para realizar a tarefa foram escalados Chris
Claremont (roteiro), Walter Simonson (desenhos) e Terry Austin (arte-final). A
escolha de Simonson é estranha, uma vez que ele nunca desenhou nenhum dos dois
grupos. Mas ele consegue dar conta do recado e se sai particularmente bem nas cenas
espaciais ou grandiosas. O problema: é um desenho feito especificamente para
ser lido em formato americano. No formatinho da Abril (a história foi publicada
em Grandes encontros Marvel & DC 2) muita coisa se perde. Muitas vezes é
impossível descobrir incluse qual é o personagem que está falando – e quando se
trata de Chris Claremont, há sempre um personagem falando. Ou pensando. Ou
pensando sobre os outros personagens. Ou pensando sobre o que os outros
personagens estão pensando dele. Nesse sentido, o formatinho era uma benção,
pois a adaptação diminuía bastante o texto de Claremont.
A trama mostra Darkside recolhendo os resíduos energéticos da
Fênix para revivê-la. Funciona bem, embora Darkside não seja um inimigo do
panteão dos Titãs.
Apesar dos problemas com o desenho no formatinho e o excesso de
textos de Claremont, o resultado é uma história divertida, com um perigo real e
versões dos personagens fieis a suas personalidades.
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