Antes de mais nada, um aviso: se você acha que contar qualquer
coisa sobre o filme é spoiller, não leia este texto.
Vingadores ultimato é não só o ponto final da mega-saga marvelística
no cinema (com um roteiro que costura todos os filmes anteriores em uma única
trama). É também uma obra que ecoa algumas das melhores histórias em quadrinhos
Marvel das décadas de 1970 e 80.
A trama inicia pouco depois os eventos do filme anterior. Metade da
população do universo foi aniquilada pelo estalar de dedos de Thanos. Para trazê-los
de volta, os Vingadores sobreviventes precisam voltar ao passado e reunir as jóias
do infinito.
Esse plot permite que todos os heróis remanescentes tenham seu
protagonismo em tramas com início, meio e fim, como se fossem gibis de heróis
reunidos, contando uma história maior (o que, aliás, justifica e bem as três
horas de filme).
Essa estratégia em que todos têm protagonismo vai se repetir até
mesmo na batalha final. Sabemos exatamente o que cada herói faz ali. Ninguém está
sobrando ou sendo apenas um enfeite: cada um, até mesmo os menos poderosos, têm
seus momentos de brilho, ação e emoção. Jim Starlin era um cara que conseguia
fazer isso bem nos quadrinhos: mesmo em uma mega saga cada herói tinha seu
momento. Os irmãos Russo parecem ter aprendido bem com o mestre.
E, claro, muita gente tem saído chorando das salas de cinema. Há vários
momentos emocionantes, em especial em relação a dois dos principais heróis (e,
ao que parece, dos mais populares).
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