A coleção Graphic Novel publicava histórias em quadrinhos que não se encaixavam no formatinho, fosse em termo de qualidade de arte ou estilo de roteiro. E, de todos os números publicados, nenhum foi tão diverso do que se fazia na época quanto A era metalzóica, de Pat Mills (roteiro) e Kevin O´Neill (arte).
Os dois vinham da revista britânica 2000 AD e não conseguiam se encaixar no mercado dos comics americanos (uma história que Kevin O´Neill desenhou para o Lanterna Verde foi totalmente rejeitada pelo comics code).
Mas ambos propuseram à DC uma graphic estranha, sobre um mundo tomado por robôs em guerra – uma metáfora da evolução, mas com seres metálicos. Curiosamente, a história foi aceita, publicada e tornou-se um sucesso.
Na HQ não há heróis ou protagonistas (o mais próximo disso é Armagedon, um robô cujos circuitos de decência e piedade foram destruídos), que lidera um grupo de seres cibernéticos em sua busca por energia.
Não é uma história fácil de ser lida: o enredo já começa com ação, com um robô leão atacando o grupo e a única explicação sobre o mundo em que HQ é ambientada se encontra em uma das últimas páginas (alias, com texto corrido, em uma fonte pequena). O desenho de O`Neil às vezes é confuso, em especial nas cenas de lutas, com um emaranhado de fios, circuitos e metal pontiagudo.
A dupla depois faria Marshall Law, pela Marvel e Kevin O´Neil ficaria conhecido dos leitores pela série Liga Extraordinária, com roteiro de Alan Moore.
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