Jornada nas estrelas é uma série cuja pluralidade de temas
surpreende. Havia histórias de terror, de ação, filosóficas... e até uma trama
de tribunal: Corte marcial, da primeira temporada da série clássica.
No episódio, Kirk é acusado de provocar a morte de um
tripulante, ejetando sua cápsula antes do alerta vermelho (que seria a dica
para que o tripulante abandonasse a cápsula). Para piorar, o computador da nave
tem um registro que parece provar que Kirk é culpado.
O episódio tem alguns problemas de verossimilhança, como o fato
da cápsula precisar ser operada por um tripulante em uma situação de perigo e o
fato de ser possível manipular os registros da nave – incluindo o registro
visual, forjando um vídeo. A filha do oficial morto também aparece com um
visual que parece saído diretamente de um concurso de cospobre.
Apesar desses problemas, é um episódio que diverte,
especialmente graças à atuação de Leonard Nimoy, que tranquilamente joga xadrez
com o computador em uma das sequências enquanto seu capitão é julgado (e, como
sempre, essa ação será essencial para a solução do episódio) e de William
Shatner, que consegue passar diversos nuances da personalidade do Capitão Kirk,
do divertido ao arrogante. Shatner
era, provavelmente, o melhor canastrão de todos os tempos.
Se esquecermos os exageros e falhas no roteiro, a história
consegue prender a atenção do leitor com uma interessante reviravolta final.
Talvez atualmente, com os programas de computador capazes de produzir
simulacros a trama fizesse mais sentido.
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