domingo, janeiro 26, 2020

Guia de viagem: Colônia del Sacramento






Colônia del Sacramento é uma das principais atrações turísticas do Uruguai. Colonizada por portugueses, foi um dos locais mais disputados da América do Sul, principalmente graças a sua posição estratégica na embocadura do Rio de La Plata. 
Há duas maneiras de chegar à cidade: via Buenos Aires ou Montevideu. Buenos Aires fica exatamente na frente de Colônia, mas do outro lado do rio. A passagem é cara. Uma média de 400 reais por pessoa, mas a estrutura é de aeroporto e os navios também são bastante confortáveis. 
Via Montevideu sai mais barato e a viagem é por ônibus. Uma opção é ir para Porto Alegre, de lá para Montevideu e depois para colônia. A passagem de Montevideu para colônia vai em torno de 50 reais.
As construções e ruas antigas são a principal atração de Colônia. 

Prepare seu bolso. Como a cidade é turística, tudo é caro. Duas pessoas dificilmente comem por menos de 100 reais. Uma água mineral pequena pode chegar a cinco reais. Uma dica é usar o cartão de crédito, que eles chamam de tarjeta. Há um desconto de imposto no uso do cartão. Uma conta de 990 ficou a 820 no crédito.
A principal atração é o centro histórico, com suas casas antigas e ruínas.
Museu del humor - o museu mais aleatório do mundo. 

Ali eu encontrei o Museu mais aleatório que já vi em toda a minha vida, o museu do riso. Apresentado por um palhaço que passa a maior parte do tempo cantando, o local mistura fotos de celebridades, quadros de Arcimboldo e até imagens de quadrinhos, como A Piada Mortal e até pinups. Tudo misturado sem nenhuma lógica. E você pode até mesmo tirar uma foto com uma imagem em tamanho real de Pepe Mujica ou do Papa. Imperdível.
A cidade tem seis quilômetros de praia, mas pouca gente entra na água. 

Outra atração são as praias. São seis quilômetros de praias belíssimas. Uma coisa estranha é que os uruguaios simplesmente não têm costume de entrar na água. Ficam apenas na areia, tomando sol ou desfrutando de algum jogo. Perguntamos no hotel porque as pessoas não entram na água. O recepcionista pensou um pouco e arriscou: “Porque é água de rio!?!”.
As árvores marple dão um ar de local fantástico à cidade. 

Além da arquitetura antiga (algumas casas são do século 18), as ruas são ornamentadas com árvores de marple, de troncos brancos e galhos que parecem mãos se esticando na direção do céu. Alguns locais parecem cenários saídos diretamente de uma história de fantasia.
Jardim da pousada Le Vrero. O nome é uma homenagem a um dos principais escritores uruguaios

As pousadas também podem ser uma atração. Nós ficamos na aconchegante Le Vrero. O local, com um belo Jardim, era a casa de um dos principais escritores uruguaios, que chegou inclusive a escrever quadrinhos, Mario Levrero. Os nomes dos quartos são referências a livros dele. A proprietária, aliás, era muito simpática. Um detalhe é que, como a cidade foi durante vários momentos um domínio português, o espanhol falado pelos habitantes é muito fácil de ser compreendido por nós brasileiros. 
A pousada era bastante confortável e os funcionários muito simpáticos. 


Uma das atrações são os carros elétricos que podem ser alugados pelos turistas. 
Mapa da região reproduzido em uma das ruas. 
A prefeitura é um belo exemplo de arquitetura neo-clássica. 



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