No século XIX, auge da
revolução industrial, os trabalhadores não tinha direito algum. Não havia folga
remunerada, férias, 13º, aposentadoria. Crianças eram colocadas para trabalhar
12 horas seguidas em condições totalmente insalubres. Muitas se machucavam,
perdiam um braço, uma mão. Eram simplesmente mandadas embora. No país mais rico
do mundo, a Inglaterra, a população vivia na miséria absoluta, grande parte das
mulheres tendo que se prostituir para conseguir comer. Essa situação de miséria
da população no país mais mais industrializado do mundo é muito bem retratada
no romance Oliver Twist, de Charles Dickens cuja cena mais pungente é a do
menino sendo castigado porque pediu mais uma tigela de sopa.
Educação? Nem pensar. Não
só não existia nenhum tipo de educação pública, como qualquer iniciativa de
levar educação às camadas mais pobre era duramente combatida. Charles Dickens
angariava doações para abrir escolas para crianças pobres e, por conta disso,
virou alvo preferencial dos conservadores. Afinal, uma criança que estudava era
um braço a menos nas fábricas. Além disso, pessoas com conhecimento eram
consideradas mais propensas a se rebelarem contra as condições em que viviam.
Nessas condições, a revolta
popular era inevitável. Era uma questão de sobrevivência das classes mais
pobres.
Com a vitória da revolução
russa, os países capitalistas se alarmaram. Como antídoto, começaram a ceder:
surgiram direitos trabalhistas, férias, 13º, aposentadoria.
Com a queda do muro de
Berlin, os empresários voltaram a sonhar com aqueles tempos áureos. Afinal, não
existia mais a ameaça comunista. Por que não voltar aos tempos áureos do
capitalismo?
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