quinta-feira, abril 09, 2020
Vingadores: guerra infinita
Difícil decidir sobre o que falar a respeito de Vingadores Guerra Infinita.
Podemos começar pela inteligência da produção. Enquanto a DC parecia atirar para todos os lados sem acertar nada, a Marvel tinha um projeto de narrativa muito bem delineado, que durou mais de uma década e mais de uma dezena de filmes. Histórias e mais histórias que convergiram para esse momento. O resultado podemos ver nas filas dos cinemas: todo mundo que assistiu a algum (ou todos) acabou se interessando por assistir este que reúne todos os heróis.
Mas o que mais se destaca é a escolha acertada do vilão. Ao contrário do filme da Liga, que tinha um vilão pouco conhecido e totalmente inconsistente, em Guerra Infinita temos um vilão de verdade. Não só pelo seu poder, mas principalmente por sua profundidade. Não existe uma boa história de super-heróis sem um bom vilão. E Thanos tem tudo [é um deus super-poderoso capaz de dar uma surra no Hulk, mas é também uma pessoa complexa, capaz de amar, mas capaz também de sacrificar até mesmo o que mais ama por seu objetivo: matar metade da população do universo. Créditos para Jin Starlin, seu criador, que, em meio às viagens de maconha imaginou o maior vilão do universo Marvel e uma motivação ainda mais interessante que a do filme (nos quadrinhos, ele é apaixonado pela morte, que desdenha dele e, para conquistá-la pretende dar de presente um verdadeiro genocídio). Thanos, assim como Warlock eram uma denúncia dos perigos do poder e sua capacidade de corromper o humano.
Thanos domina o filme não só pelo terror que provoca, mas também por sua profundidade (alguns dos momentos mais líricos da película são com o personagem). E estamos falando de uma obra com centenas de personagens, a maioria dos quais tridimensionais na melhor tradição Marvel.
Ainda sobre o filme, é impossível não falar sobre a ótima direção, que mostra ação sem parecer confusa (como ocorreu em Vingadores 2) e principalmente respeita cada personagem e sua tradição cinematográfica. Quando entram em cenas dos Guardiões da Galáxia, por exemplo, é como se estivéssemos assistindo a um filme dos próprios Guardiões.
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