quinta-feira, julho 23, 2020

Tom Strong e o planeta do perigo



Imagine a responsabilidade de escrever um personagem concebido por Alan Moore. É esse desafio que Peter Hogan se impõe na série em seis partes Tom Strong e o planeta do perigo (publicada encadernada no Brasil pela Panini em 2019).
Hogan se aproveitou de uma história do personagem publicada nos números 11 e 12 do título regular no qual Tom descobre uma contraparte da terra, chamada por ele de terra obscura, ocupada por diversos heróis científicos, inclusive uma contraparte sua, chamada de Tom Strange. Nessa fase da revista, Moore estava fazendo homenagens a quadrinhos clássicos e o número 12 imitava as capas da liga da justiça, inclusive na logo da revista e era uma clara alusão às terras paralelas da DC.
Na série de Hogan, Strong precisa da ajuda de Strange para salvar sua filha, Tesla. Seu filho, como o pai, tem a propriedade de se transformar em lava incandescente e isso pode matar a mãe. A única forma de resolver a situação é tornar Tesla invulnerável usando a fórmula Alisson, de  Tom Strange.
Mas quando chega no planeta obscuro, Tom Strong percebe que sua missão não será fácil: o local está dominado por uma praga que matou milhões de pessoas. E ele e Val, seu genro, podem estar infectados e levar a doença para a seu planeta. Assim, para salvar sua filha, ele precisa primeiro salvar a terra obscura, ajudando a encontrar uma cura.
Peter Hogan não é Alan Moore, mas consegue dar conta do recado. Consegue fazer uma história divertida, que aprofunda a mitologia da terra obscura. A arte de Chris Sprouse também ajuda bastante.

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