Imagine a responsabilidade de escrever um
personagem concebido por Alan Moore. É esse desafio que Peter Hogan se impõe na
série em seis partes Tom Strong e o planeta do perigo (publicada encadernada no
Brasil pela Panini em 2019).
Hogan se aproveitou de uma história do
personagem publicada nos números 11 e 12 do título regular no qual Tom descobre
uma contraparte da terra, chamada por ele de terra obscura, ocupada por
diversos heróis científicos, inclusive uma contraparte sua, chamada de Tom
Strange. Nessa fase da revista, Moore estava fazendo homenagens a quadrinhos clássicos
e o número 12 imitava as capas da liga da justiça, inclusive na logo da revista
e era uma clara alusão às terras paralelas da DC.
Na série de Hogan, Strong precisa da ajuda de
Strange para salvar sua filha, Tesla. Seu filho, como o pai, tem a propriedade
de se transformar em lava incandescente e isso pode matar a mãe. A única forma
de resolver a situação é tornar Tesla invulnerável usando a fórmula Alisson, de
Tom Strange.
Mas quando chega no planeta obscuro, Tom Strong
percebe que sua missão não será fácil: o local está dominado por uma praga que
matou milhões de pessoas. E ele e Val, seu genro, podem estar infectados e
levar a doença para a seu planeta. Assim, para salvar sua filha, ele precisa
primeiro salvar a terra obscura, ajudando a encontrar uma cura.
Peter Hogan não é Alan Moore, mas consegue dar
conta do recado. Consegue fazer uma história divertida, que aprofunda a
mitologia da terra obscura. A arte de Chris Sprouse também ajuda bastante.
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