Em 1971, Roy Thomas e Barry Smith estavam em plena forma para transformar a revista do Conan em um grande sucesso da Marvel. O começo tinha sido atribulado, com os dois tentando entender o personagem e as vendas caindo. Mas o número oito salvou tudo. A razão não era só a qualidade da história, muito superior às anteriores, mas também a uma dica de Stan Lee: este percebera que o excesso de animais nas capas da revista estava afastando os leitores. Roy Thomas abandonou a ideia de colocar o dragão na capa e colocou em seu lugar mortos-vivos. Funcionou. A revista a partir daí só aumentou as vendas.
A história começa com Conan fugindo de uma patrulha após ser incriminado pela morte de uma nobre na história anterior e acaba indo parar em uma cidade abandonada e um templo repleto de jóias. Um dos soldados que o está caçando acaba mudando de ideia quando vê tanto ouro e predras preciosas e resolve ajudá-lo a roubar o tesouro, quando são atacados pelos guardiões da tumba, guerreiros mortos-vivos.
Barry Smith ainda apanhava na figura humana e na sua representação de Conan, mas nessa história dá um verdadeiro show nos detalhes do cenário e principalmente no dragão que ataca o cimério. Já estava ali, naquele dragão, o desenhista que seria venerado pelos fãs de quadrinhos. Novidade também na diagramação: aqui ele abandona completamente o esquema de seis quadros típico dos quadrinhos de super-heróis – sinal de que para ele já estava muito claro que Conan não era uma revista de heróis.
A história ainda tem problemas, como a forma fácil com que o cimério vence os guardiões e a parte final, forçada, em que ele reencontra a prostituta Jenna, mas o plot twist do final compensa essas pequenas falhas.
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