quarta-feira, dezembro 23, 2020

Luke Cage – Bombas natalinas



Luke Cage – chamado inicialmente de Poderoso – era um herói da Marvel surgido na onda do blaxploitation (movimento cinematográfico negro da década de 70). Com um visual que combinava camisa amarela aberta no peito, uma tiara no cabelo e correntes na cintura, ele tinha como principal poder era a pele invulnerável, mas também demonstrava um força acima do normal.

A revista começou sendo escrita por Archie Godwin, que foi substituído por Steve Englehart, ainda com desenhos de George Tuska e Billy Graham. Englehart resolveu fazer uma edição natalina no número sete da publicação Hero For Hire (1972) n° 7. No Brasil essa história foi publicada pela editora Abril em Grandes heróis Marvel com o título singelo de Bombas Natalinas. A Panini, quando republicou a história em Paladinos Marvel 6 preferiu fazer um título irônico, que ecoava a famosa música de Natal: Explode o sino.



A história inicia com o herói visitando sua namorada na clínica do Dr. Burstein, responsável pela transformação do herói. É quando vê um homem espancando um garoto que vendia jornais. O motivo: o homem não gostara do preço que o garoto estava cobrando. Luke, claro, interfere, salvando o garoto. Mais à frente, enquanto passeia com sua namorada, encontra um mendigo, veterano de guerra, que simplemente começa a atirar em Cage achando que ele é um inimigo.

A história até aí parece uma interessante jornada na qual seriam revisitadas algumas das principais chagas da sociedade americana, ecoando os fantasmas do conto de natal de Dickens. Vale lembrar que Englehart escrevia bem e era um dos principais representantes da geração hippie que tomou conta da Marvel no início dos anos 70. Ou seja, era uma ideia que tinha tudo para funcionar.

Entretanto, a história logo descamba para uma trama sem sentido de um vilão mirabolante.

É um daqueles casos em que uma boa ideia, com um bom roteirista, acaba se tornando apenas uma HQ mediana.

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