Luke Cage – chamado inicialmente de Poderoso –
era um herói da Marvel surgido na onda do blaxploitation (movimento
cinematográfico negro da década de 70). Com um visual que combinava camisa
amarela aberta no peito, uma tiara no cabelo e correntes na cintura, ele tinha
como principal poder era a pele invulnerável, mas também demonstrava um força
acima do normal.
A revista começou sendo escrita por Archie
Godwin, que foi substituído por Steve Englehart, ainda com desenhos de George
Tuska e Billy Graham. Englehart resolveu fazer uma edição natalina no número
sete da publicação Hero For Hire (1972) n° 7. No Brasil essa história foi
publicada pela editora Abril em Grandes heróis Marvel com o título singelo de
Bombas Natalinas. A Panini, quando republicou a história em Paladinos Marvel 6
preferiu fazer um título irônico, que ecoava a famosa música de Natal: Explode
o sino.
A história inicia com o herói visitando sua
namorada na clínica do Dr. Burstein, responsável pela transformação do
herói. É quando vê um homem espancando um garoto que vendia jornais. O motivo:
o homem não gostara do preço que o garoto estava cobrando. Luke, claro,
interfere, salvando o garoto. Mais à frente, enquanto passeia com sua namorada,
encontra um mendigo, veterano de guerra, que simplemente começa a atirar em
Cage achando que ele é um inimigo.
A história até aí parece uma interessante jornada
na qual seriam revisitadas algumas das principais chagas da sociedade
americana, ecoando os fantasmas do conto de natal de Dickens. Vale lembrar que
Englehart escrevia bem e era um dos principais representantes da geração hippie
que tomou conta da Marvel no início dos anos 70. Ou seja, era uma ideia que
tinha tudo para funcionar.
Entretanto, a história logo descamba para uma
trama sem sentido de um vilão mirabolante.
É um daqueles casos em que uma boa ideia, com um
bom roteirista, acaba se tornando apenas uma HQ mediana.
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