Almeida Júnior era, essencialmente, um Jeca. Talento precoce da cidade de Itu, foi estudar no Rio, na academia Imperial de Belas Artes, onde era conhecido por suas roupas e linguajar matuto.
Assim que pôde, voltou para Itu e ficou por lá até a cidade ser visitada pelo imperador D. Pedro II, que, ao ver a qualidade do artista decidiu bancar do próprio bolso a ida dele para a Europa.
Mas, em Paris, sonhava em voltar para Itu.
Já no Brasil, assim que ganhou fama o suficiente para usar os próprios temas, passou a pintar os caboclos do interior paulista.
Amolação interrompida é um dos melhores exemplos dessa fase. Na tela, um homem do interior está amolando um machado em uma pedra quando vê o pintor e cumprimenta-o. Na melhor tradição do realismo, a imagem do caboclo não é idealizada. Ele é mostrado como realmente eram os homens das fazendas do interior paulista, os pés descalços, a casa de pau a pique ao fundo.
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