Em 1963, a Marvel, que pouco tempo antes era uma biboca no fundo do corredor com dois empregados (Stan Lee e uma secretária) se tornara a mais quente editora do mercado de quadrinhos. As cartas de leitores, que raramente chegavam, e quando chegavam eram para reclamar de erros ortográficos ou editoriais, agora inundavam a redação de fãs entusiasmados. E muitas dessas cartas pediam a criação de um supergrupo reunindo os heróis da editora.
A criação dos Vingadores
era, portanto, só uma questão de tempo, e isso aconteceu em setembro daquele
ano com toda a pompa e estratégia de auto-promoção que caracterizava a Marvel,
a começar pela capa que anunciava: “Os super-heróis mais poderosos da Terra!”.
O desenho da capa, uma daquelas artes impactantes de Jack Kirby, mostrava Thor,
Hulk, Homem de Ferro (ainda coma
armadura antiga), Homem-formiga e Vespa avançando contra Loki, que
desdenha: “Os Vingadores... bah! Destruirei todos vocês!”. Uma chamada
carregava ainda mais na auto-promoção e estimulava o time de fãs: Super-heróis!
Super-vilões” Superameaças! Tudo isso apresentado do jeito fabuloso da
Marvel!”.
Na história, Loki, em mais um dos seus planos contra seu irmão, resolve controlar o Hulk, fazendo com que ele pense que há explosivos numa linha de trem e levando-o a danificar a linha. A ideia era fazer o golias esmeralda parecer um vilão e colocá-lo em rota de colisão contra Thor. Os membros da Brigada Juvenil, grupo liderado por Rick Jones, pedem ajuda pelo rádio para o Quarteto, mas com a intervenção de Loki, quem recebe a mensagem é Thor e, inadvertidamente, os outros membros dos Vingadores.
Uma das especialidades da Marvel era colocaros heróis lutando entre si.
Claro que tudo isso era uma boa desculpa para o que a Marvel fazia
de melhor: colocar vários heróis em rota de colisão uns com os outros (nesse
caso, lutando contra o Hulk).
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