Em The Uncanny X-men 131 a
saga da Fênix Negra, que começara tímida, estava no que parecia o auge da ação
e do drama.
A edição começa com Kitty Pryde
fugindo dos homens do Clube do Inferno, numa splash page impressionante com a
menina desesperada em primeiro plano enquanto, sem segundo plano, as luzes dos
faróis de um carro rompem a escuridão da noite. Nas laterais, os rostos dos
X-men no estilo que só John Byrne sabia fazer. O texto de Chris Claremont é
igualmente impactante: “A hora: madrugada de sábada para domingo. O lugar: um
beco deserto do centro de Chicago. Por várias vezes Kitty Pryde pensou ter
despistado seus perseguidores...mas eles sempre a reencontram!”.
Na página seguinte, Kitty
cai, mas antes que seja aprisionada aparece a Fênix. A imagem é impressionante
e antecipa os rumos funestos que a série teria. A heroína simplesmente destroça
o carro, seus cabelos ruivos esvoaçantes desenhados como fogo flamejante. Byrne
também fazia uma aura de poder com uma camada branca em volta do corpo rodeada
por um fluxo amarelo. O efeito era de uma chama. Cristal espanta-se: “Perto
disso, minha habilidade mutante de criar luzes não é nada!”.
Na sequência, Fênix lê a
mente de um dos homens do Clube do Inferno e descobre onde os outros X-men estão
mantidos prisioneiros.
A sequência mais incrível
dessa história acontece quando os mutantes já invadiram o local e a Fênix e a
Rainha branca duelam. Byrne manipulava perfeitamente os elementos visuais e
coloca um fundo branco com a Fênix encoberta pelo pássaro defogo atacando
enquanto a vilã se defende com um raio verde. Ororo olha espantada: “O efeito Fênix
é tão lindo... e tão terrível! Como a própria Jean”.
No final, parece que tudo
acabou. Mal sabia o leitor que era só o começo. O que parecia o auge da saga
era apenas uma pequena amostra do que viria pela frente.
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