Há uma quantidade enorme de
filmes sobre a II Guerra Mundial, com as mais diversas abordagens. Mas um tema
pouco abordado são os tanques. Eles foram essenciais na guerra, mas na maioria
das películas aparecem pilotados por nazistas, como em Resgate do Soldado Ryan.
Assim, Coração de Ferro,
filme de David Ayer disponibilizado no Brasil pela Netflix se destaca por ter
como protagonistas a tripulação de um tanque norte-americano apelidado de Fury.
A história acompanha o
sargento linha dura Don "Wardaddy" Collier (Brad Pitt) e sua equipe
realizando operações dentro da Alemanha Nazista na fase final da guerra, quando
os aliados estavam encurralando as tropas alemães dentro de seu próprio território.
É também um período em que os alemães resisitiram obstinadamente, recrutando
até mesmo crianças (em uma das sequências, jovens que se recusaram a lutar são
enforcados pelos nazistas e pendurados com placas de traidores).
À certa altura, o tanque é
avariado e a equipe precisa, sozinha, impedir o avanço de todo um regimento da
SS numa verdadeira missão suicida.
A película se destaca pela
preocupação com os detalhes históricos, inclusive com uso de tanques que são,
de fato remanescentes da II Guerra. Os atores também foram treinados em regime
militar, passando noites acordados, molhados e com sono.
Além disso, é interessante o
tom realista, com insinuações até mesmo de estupros por parte dos soldados e
buylling por parte dos veteranos com o novato Norman "Machine"
Ellison.
Mas talvez o que mais chame
a atenção seja a atuação de Brad Pitt. Impressionante como ele evoluiu como
ator desde seus primeiros trabalhos e aqui ele consegue um perfeito equilíbrio
entre o linha-dura grosseirão e até mesmo abusivo e o líder que todos seguem.
O resultado disso é um filme
de ação eletrizante que não fica nada a dever a clássicos do gênero.
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