Quando tornou-se
co-roteirista dos X-men, John Byrne
começou a dar protagonismo ao Wolverine. A razão é que o desenhista queria
chamar atenção para um herói canadense como ele. Mas esse processo logo
transformaria o baixinho em um dos personagens mais populares da Marvel.
Em nenhum outro momento o
protagonismo do herói foi tão relevante quanto em The Uncanny X-men 133. Na
história anterior, todos os X-men tinha sido facilmente derrotados e
aprisionados pelo círculo interno do Clube do Inferno, com excessão de
Wolverine, que foi jogado no esgoto.
A revista começa exatamente
com os capangas do Clube no subsolo do local, procurando pelo Carcaju enquanto
ele se equilibra acima deles, no teto. Sem dúvida, uma das cenas mais célebres
dos X-men de todos os tempos, assim como toda a sequência seguinte.
Wolverine salta do teto e
enfrenta os capangas. No final sobra apenas um. Wolverine se mostra em toda a
sua essência, numa perfeita demonstração de como o texto de Claremont encaixava
perfeitamente nas imagens criadas por Byrne: “Sei o que está pensando, xará. Ele
tá ferido, a cinco metros de distância e meu fuzil está carregado. A pergunta é:
eu consigo matar o Wolverine antes que dele me alcançar e me fatiar como um
sushi com aquelas garras?”. No final, o homem, apavorado, joga sua arma no chão
e se entrega.
Só essa sequencia já valeria
a história, mas há duas outras, igualmente antológicas.
Na primeira, a Rainha Negra
trata Ororo como escrava, revelando como o lado sombrio se apossara dela.
Na segunda, Ciclope tenta
entrar em contato com Jean usando o elo mental que existia entre eles. Byrne
desenha a sequência sem cenários, com um fundo branco. Em contraste com as
outras cenas, repletas de cenários, fica claro que aquela sequência se
desenrola num espaço mental. E é nesse ambiente que Cíclope é derrotado e morto
pelo Mestre Mental em um duelo de espadas.
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