quarta-feira, agosto 18, 2021

X-men – Wolverine à solta

 


Quando tornou-se co-roteirista dos X-men, John  Byrne começou a dar protagonismo ao Wolverine. A razão é que o desenhista queria chamar atenção para um herói canadense como ele. Mas esse processo logo transformaria o baixinho em um dos personagens mais populares da Marvel.

Em nenhum outro momento o protagonismo do herói foi tão relevante quanto em The Uncanny X-men 133. Na história anterior, todos os X-men tinha sido facilmente derrotados e aprisionados pelo círculo interno do Clube do Inferno, com excessão de Wolverine, que foi jogado no esgoto.



A revista começa exatamente com os capangas do Clube no subsolo do local, procurando pelo Carcaju enquanto ele se equilibra acima deles, no teto. Sem dúvida, uma das cenas mais célebres dos X-men de todos os tempos, assim como toda a sequência seguinte.

Wolverine salta do teto e enfrenta os capangas. No final sobra apenas um. Wolverine se mostra em toda a sua essência, numa perfeita demonstração de como o texto de Claremont encaixava perfeitamente nas imagens criadas por Byrne: “Sei o que está pensando, xará. Ele tá ferido, a cinco metros de distância e meu fuzil está carregado. A pergunta é: eu consigo matar o Wolverine antes que dele me alcançar e me fatiar como um sushi com aquelas garras?”. No final, o homem, apavorado, joga sua arma no chão e se entrega.



Só essa sequencia já valeria a história, mas há duas outras, igualmente antológicas.

Na primeira, a Rainha Negra trata Ororo como escrava, revelando como o lado sombrio se apossara dela.



Na segunda, Ciclope tenta entrar em contato com Jean usando o elo mental que existia entre eles. Byrne desenha a sequência sem cenários, com um fundo branco. Em contraste com as outras cenas, repletas de cenários, fica claro que aquela sequência se desenrola num espaço mental. E é nesse ambiente que Cíclope é derrotado e morto pelo Mestre Mental em um duelo de espadas.

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