Embora a revista do ROM
estivesse agradando principalmente graças à mitologia criada para ele por Bill
Mantlo e pela personalidade nobre do protagonista, faltava um antagonista à
altura para o herói. Até então, ele enfretara, basicamente, soldados humanos
manipulados pelos espectros.
Esse adversário à altura
surge no terceiro número da revista (embora o confronto entre os dois só
aconteça de fato na quarta edição).
Quanto mais usa seus poderes, mais Archie se une à armadura.
Na edição anterior, ROM
havia invadido um laboratório para caçar espectros e lá dera com uma quadrilha
liderada por um veterano da guerra da Coréia chamado Archie Strike. Achando que
ROM estava matando humanos, Archie jura detê-lo. Os espectros se aproveitam
disso e o convencem a vestir a armadura de um dos cavaleiros espaciais morto
por eles e assim o personagem se torna o vilão Firefall, alguém com poderes
equivalente ao protagonista e perfeitamente capaz de derrotá-lo. O que ele não
sabe é que no processo ele se tornou também parte da armadura, perdendo sua
humanidade.
Uma trama paralela mostra Brandy Clark sendo sequestrada pelos spectros.
A história segue o clima
Marvel, com um vilão que não é exatamente vilão e que acredita estar fazendo o
certo. Algo muito distantes dos ensandecidos vilões clássicos dos quadrinhos,
muitos dos quais diziam abertamente que eram malvados. Sinal direto da
complexidade das histórias e dos personagens.
Karas, o primeiro a suar a armadura de Firefall, era o melhor amigo de ROM.
Uma das sequências, em que
ROM avança na direção de um labarotório secreto dos espectos é um exemplo da
qualidade do texto de Bill Mantlo: “Ele sente o frio subterrâneo agarrando, com
dedos gélidos, a armadura ciborgue dele. O próprio subterrâneo da terra foi
corrompido. Ele vê a luz nas trevas... luz fria acenando com ódio! A luz também
foi corrompida!”. Sequências como essa fizeram com que Rom, um personagem
baseado num boneco tosco, se tornasse um dos heróis mais queridos a Marvel.
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