O rei do crime é um
personagem normalmente associado ao Demolidor. Algo que poucas pessoas lembram
é que ele surgiu como vilão das histórias do Homem-aranha, mais especificamente
em The Amazing Spiderman 50 em uma trama que se estendeu até o número 52.
O rei torna-se o
comandante do crime de nova York estimulado pelo desaparecimento do aracnídeo,
que no número 50 desistira de ser um herói, deixando seu uniforme numa lata de
lixo. Sem o principal vigilante da cidade, foi fácil para o Rei tomar o poder e
comandar uma onda de roubos.
O Rei aproveita a ausência do aracnídeo para comandar uma onda de crimes.
Nessa fase, John Romita já
se convencera que Ditko não iria voltar para o título e deixara de imitá-lo.
Com isso, a diagramação ficou mais leve, com menos quadros, o que permitiu ao
desenhista mostrar todo o seu talento em maravilhosas cenas de ação, a exemplo
da luta entre o aracnídeo e o Rei.
Também é um momento em que
Romita, até então um especialista em quadrinhos românticos, brilha. Gwen Stacy
e Mary Jane estão mais bonitas do que nunca.
JJJ e o Homem-aranha presos juntos numa sala que irá alagar. Que situação!
Stan Lee também cria situações
interessantes, como quando JJ Jameson e o herói são presos numa sala que irá
inundar de água e, ao ser salvo pelo Homem-Aranha, o editor do Clarin se
convence mais uma vez de que se trata de uma ameaça.
O Rei do Crime fugindo da polícia? Esse não é o vilão que nós amamos odiar.
Mas a caracterização do
Rei é fraca, especialmente se considerarmos tudo que viria depois. Não sabemos
praticamente nada sobre ele. E, à certa altura, ele simplesmente foge porque a
polícia está chegando. Muito distante do estrategista desenvolvido por Frank
Miller nas histórias do Demolidor.
No Brasil essas histórias
foram reunidas em Grandes Heróis Marvel 23.
Sem comentários:
Enviar um comentário