Nos muitos anos nos quais
trabalhou em Conan, Roy Thomas não só o transformou em um dos personagens mais
populares da Marvel e dos quadrinhos, mas também ampliou sua mitologia, indo
muito além daquilo que Robert E. Howard havia escrito.
A história A sombra no
Mausoléu, publicada em Conan the barbarian 31 se encaixa nessa categoria.
Na época em que se passa
essa história, Conan era mercenário a serviço da tropa turaniana. A história
começa com os homens da colina atacando o tropa.
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John Buscema sabia dar movimento a uma cena de impacto. |
A imagem grandiosa,
cortesia de John Buscema e Ernie Chan, mostra os selvagens pulando sobre os
soldados. O texto, primoroso, dizia: “O sol estava em seu ponto mais alto
quando os homens das colinas atacaram! Havia machados em suas mãos... velhos ressentimentos
no peito... e gritos de guerra em seus lábios contorcidos”.
Para escapar ao ataque, os
soldados se refugiam em uma caverna, mas a solução é provisória: em algum
momento eles terão que sair e se defrontar com o numeroso grupo. Mas o chefe dos
selvagens faz uma proposta: se um dos soldados aceitar enfrentar o campeão
deles (um homem monstruosamente enorme) e vencê-lo, o grupo poderá partir em
segurança.
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Como vencer um gigante? Talvez com uma espada mágica. |
O capitão da guarda
reflete: “Para vencer aquele gigante, eu precisaria de uma espada encantada,
mas como conseguir algo assim?”.
A frase traz para Conan lembranças de sua juventude (e aqui uma sacada genial de Thomas, que pede a Buscema que mostre o cimério da mesma forma como ele retratado por Barry Smith, estabelecendo, assim, que a fase do desenhista inglês mostrava a juventude do bárbaro).
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No flash back, Buscema mostra Conan com o mesmo visual de Barry Smith. |
No flash back, Conan enfrenta um urso branco e cai numa câmera, onde encontra uma espada enfeitiçada, que transforma sua sombra em inimigo.
Um dos charmes dessa HQ,
além de mostrar um detalhe desconhecido da vida do cimério, é o final, com uma
muito bem bolada ironia do destino.
Essa história foi
publicada pela editora Abril em heróis da TV 51.
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