A série The Imortal Hulk
revolucionou completamente o personagem, fazendo com que ele voltasse ao clima
de terror que tinha lá nas primeiras histórias de Stan Lee e Jack Kirby.
E, definitivamente, o
ponto de virada da série foi o número 8.
Na edição anterior, o
golias esmeralda tinha sido derrotado pelos Vingadores.
O Hulk é desmembrado e suas partes estudadas por cientistas. |
O número 8 começa na Base
Sombra, com cientistas cortando os órgãos do Hulk. A capa, de Alex Ross, já
mostrava uma prateleira repleta de vasilhas de vidro contendo os mais diversos
órgãos, com destaque para o rosto do golias esmeralda, a face paralisada num
grito interrompido.
Aqui a habilidade de Joe
Benett para introduzir detalhes bizarros ajuda muito a história. O mesmo ocorre
com o ótimo uso das expressões faciais na sequência em que o cientista conversa
com os restos mortais do Hulk e a expressão do monstro vai aos poucos mudando até
se transformar num sorriso.
O bom uso das expressões faciais são um dos destaques da história. |
“Você deixou a gente fazer
isso. Queria que te testássemos. Porque, se nós soubermos do que você é
capaz... você também sabe.”, diz o cientista, aterrorizado.
A sequência em que as
partes do Hulk se recompõe, duas páginas duplas arrasadoras, são exemplo
impressionante da habilidade de Bennett para o terror. A influência do cineasta
David Cronenberg, que já era perceptível antes, aqui se torna gritante.
A sequência em que o personagem volta a se recompor lembra a bizarrice dos filmes de Cronenberg. |
A edição é revolucionária
e leva o personagem a um nível narrativo nunca antes alcançado.
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