Uma das histórias mais singelas do escalador de paredes –
mas também uma das mais memoráveis foi publicada em The Amazing Spider-man 248
e se chamava O menino que colecionava Homem-Aranha.
A história, escrita por Roger Stern e desenhada por Ron
Frenz e Terry Austin não tinha vilões,
lutas ou mesmo uma trama. Toda a HQ gira em torno do herói visitando seu maior
fã. Como isso poderia funcionar? No entanto, funciona, e funciona muito bem.
A HQ é entremeada com trechos de uma matéria jornalística. |
A história é entremeada por recortes de uma matéria
publicada no jornal O Clarin: “Tim é como muitos outros garotos da sua idade.
Já viu todos os filmes de Star Wars umas doze vezes cada um. É um grande
torcedor do Mets, e adora qualquer barulho que se passe por música atualmente.
Porém, o que torna Tim diferente da maior parte dos seus colegas de classe é
que ele tem um hobby que J.J. Jameson, o estimado editor do nosso jornal,
certamente não aprovaria”, diz a matéria. O hobby? Colecionar tudo que encontra
sobre o amigão da vizinhança. Tudo mesmo, desde a primeira matéria publicada na
imprensa até balas de calibre 38 de bandidos que haviam atirado contra o herói
e haviam errado.
Os artistas imitam o estilo de Steve Ditko. |
Stern usa esse mote singelo para recontar toda a história do
personagem, desde a descoberta de seus poderes até a morte do Tio Bem.
No final, a um pedido do garoto, o herói tira a máscara e
revela sua identidade. O leitor nesse momento estranha, mas a explicação para
essa revelação viria logo a seguir.
O herói revela sua identidade. |
O final é absolutamente emocionante e costura bem a
história.
Uma curiosidade: Ron Frenz e Terry Austin mimetizam o estilo
de Steve Ditko, o primeiro desenhista, e co-criado do Homem-Aranha, o que faz
com que a história seja ainda mais especial.
Essa HQ foi publicada no Brasil pela primeira vez em O
Homem-Aranha 19, da editora Abril. A publicação mais recente foi em Marvel-Verse
O espetacular Homem-aranha, da Panini.
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