Um dos personagens mais queridos da DC Comics – e certamente
o que mais chamou a atenção entre os quadrinhos de guerra – foi o Sargento
Rock. O personagem surgiu em G. I. Combat 68, de janeiro de 1959, com roteiro
de Robert Kanigher e arte de Joe Kubert.
A história apresenta uma interessante estratégia narrativa,
já entrevista na primeira página, que nos mostra de um lado um lutador de boxe
com a pálpebras inchadas após receber muitos golpes e do outro um soldado
americano da II guerra mundial, a roupa rasgada, uma atadura no braço, o cabelo
desalinhado e o capacete saindo da cabeça. Ambos são a mesma pessoa em momentos
diferentes de sua vida e ambos dizem a mesma frase: “Vamos... lute!”.
O Rock soldado reflete o Rock lutador |
Depois desse início descobrimos a principal característica
do sargento rock quando ele era um lutador: ele nunca ficava caído. “Isso era
tudo que ele tinha... algo que o impelia a ficar de pé... não importando o
castigo recebido... mesmo perdendo, Rock terminava a luta em pé”, diz o
texto. Temos então outras sequêncis de
rock apanhando em outras lutas, mas sempre se levantando e repetindo seu
bordão: “Vamos... lute!” (o personagem é baseado num lutador real, Rocky marciano, famoso por nunca ser nocauteado).
Será exatamente essa característica que ele levará para a
guerra e o tornará um soldado único: por pior que seja a situação, ele sempre
se levanta, nunca se rende, nunca se dá por vencido.
Não importa a siutação, Rock sempres se levanta e luta. |
Para exemplificar isso, Robert Kanigher o coloca numa
trincheira sob ataque dos nazistas. Ele enfrenta sozinho três soldados e depois
um tanque, sempre levantando quando suas forças parecem se esvair, sempre
repetindo seu bordão: “Vamos, lutem!”.
A força do texto de Kanigher unido ao traço dramático de Joe
Kubert formam um conjunto impressionante que faz com que essa história de
origem do personagem seja um clássico instantâneo.
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