Adão Negro, filme dirigido por Jaume Collet-Serra e estrelado por Dwayne Johnson, tinha uma missão: salvar a Warner, estúdio que anda mal das pernas. Era uma aposta arriscada, já que Adão Negro é, originalmente um vilão, sendo inclusive o principal antagonista do Capitão Marvel (conhecido atualmente como Shazan). Pior: é um filme que conta com heróis pouco conhecidos até mesmo dos leitores de quadrinhos, a exemplo de Ventania e Esmaga Átomos.
Na história, Adão Negro é revivido quando a intergangue tanta
se apossar de uma coroa de eternium, que pode dar poder absoluto a quem a
possuir. A sociedade da justiça, composta pelo Senhor Destino, Gavião Negro,
Ventania e Esmaga Átomos é enviada para tentar conter a ameaça.
Há um jogo interessante de roteiro: no início do filme a
nossa visão é que Adão é um herói injustiçado, ali pelo meio há uma reviravolta
que mostra seu lado sombrio, para termos uma redenção no final.
Dwayne Johnson tem as qualidades de interpretação de uma
porta, mas, curiosamente, consegue angaria a simpatia dos expectadores. Além
disso, as cenas de ação funcionam muito bem, fugindo do estilo confuso de
Vingadores era de ultron. E o filme conta com Pierce Brosnan, numa
interpretação realmente memorável de um dos melhores heróis da DC Comics, o
Senhor Destino. Some a isso um bom trabalho de CGI, que se mostra efetivo
principalmente com as sequências envolvendo o Gavião Negro, e temos um filme
que agrada, tanto que tem batido recordes de audiência.
Ao que parece, um vilão transformado em herói salvou a Warner
da falência.
Sem comentários:
Enviar um comentário