Quando Barry Smith saiu da revista Conan the barbarian, Roy Thomas exigiu que a revista fosse desenhada pelo artista mais caro da Marvel, John Buscema. Quando havia lançado a revista, anos antes, ele queria que Buscema desenhasse o título, mas Martin Goodman queria um desenhista mais barato – e foi assim que Smith veio para o título.
Agora a situação mudara e Thomas se tornara editor-chefe da editora – a o gibi do cimério se transformara num dos mais vendidos do mercado.
Apesar do trabalho verdadeiramente espetacular de Barry Smith no título, o que os leitores devem ter pensado ao ler Conan – the barbarian 25 foi: John Buscema nasceu para desenhar o bárbaro, a começar pela splash page inicial, com o feiticeiro encapuçado segurando uma jóia na qual aparece Conan.
O tal do Karam-Akkad (incrível como os feiticeiros da era hiboriana tinham nomes ridículos!) tinha um espelho no qual via o futuro. E nesse espelho aparecera Conan matando-o, em meio à imagem com o leão, uma águia e uma serpente. Essa é a razão pela qual o feiticeiro colocara a cabeça do cimério a prêmio.
Uma das melhores sequências é quando o feiticeiro explica ao Tarim encarnado a origem do espelho – e vemos uma sequência simplesmente impressionante do Rei Kull. Como sabia que ia entrar muito texto, John Severin, desenhista desse trecho, aliviou o cenário, dando uma leveza única para as duas páginas.
Mas não é só os artistas que brilham. Roy Thomas dá um show num roteiro em que tudo se encaixa, inclusive a simbologia expressa no espelho.
Uma curiosidade é que, ao assumir o título, John Buscema exigiu que a arte-final fosse feita pelo irmão, Sal. De fato essa edição conta com a arte-final de Sal Buscema, mas logo no número seguinte ele seria substituído pelo filipino Ernie Chan.
No Brasil essa história foi publicada em Superaventuras Marvel 14.
Sem comentários:
Enviar um comentário