Marvel Team-Up era uma revista que mostrava encontros dos mais inusitados heróis da Marvel com o Homem-aranha. Como o gibi do aracnídeo era de longe o mais vendido da editora, essa era uma forma de também de promover heróis menos conhecidos, ou que tinham surgido há pouco tempo.
No número 31 o Aranha se encontra com Punhos de ferro, um herói criado na onda dos filmes e seriados de kung-fu. Como é comum no padrão da revista, os dois personagens se encontram, brigam entre si e só depois param para conversar. Essa história não foge do padrão, mas se destaca pelo texto divertido e original de Gerry Conway: “Eu vou gravar essa história porque, se o que me disseram é verdade, não vou me lembrar de nada amanhã de manhã... e não posso esquecer dessa aventura de jeito nenhum. Tudo começou quando madruguei pra tomar café da manhã a poucas quadras do meu novo cafofo. Eu não dormi... tava quase amanhecendo... e eu sabia que, se quisesse sobreviver ao dia seguinte, precisava de comida. Mas o meu café... veio acompanhado de muita violência”.
O café da manhã de Peter Parker é interrompido por um porradal. |
Na sequência, o Punhos de ferro entra no café brigando com dois bandidos e quebrando tudo.
Só no final da história vamos perceber que é Peter Parker que está narrando a história e porque ele está fazendo isso – o que gera uma bela ironia.
O vilão é outra sacada interessante: ele é um homem que nasceu velho e rejuvenece a cada dia. Sim, uma versão quadrinística de Benjamin Button. Mas aqui a coisa vai um pouco mais além: tudo nele é reverso, inclusive suas falas, que são de trás para a frente.
O culpado é um vilão que fala ao contrário. |
Esse vilão provoca a briga do aracnídeo contra o Punho como forma de captar a energia deles e tentar reverter o processo, algo muito mal explicado e bem forçado.
Os desenhos são de Jim Mooney, um desenhista subestimado da Marvel, que, embora não fosse genial, conseguia bons resultados. O problema aqui é que a arte-final é de Vince Colletta.
Em tempo: o título da história é uma referência direta ao filme Por uns dólares a mais, do cineasta italiano Sergio Leone.
No Brasil essa história foi publicada em Almanaque do Homem-Aranha 2, da RGE.
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