As histórias do rei Kull se passavam num passado longíncuo em que a magia era tão presente quanto a realidade. Isso dava margem para que o trio Gerry Conway (roteiro) e Marie e John Severin (desenhos) criassem as mais curiosas histórias. Nenhuma delas, no entanto, parece tão inusitada quanto “A gata falante” publicada em Kull the conqueror 7.
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Monstros, feiticeiros, zumbis tudo bem. Mas uma gata falante? Impossível! |
A história inicia com Kull chegando no palácio e encontrando os soldados lutando contra um desconhecido. O tal homem chegou a matar dois soldados ao tentar entrar no palácio. Logo se descobre seu objetivo: ele é um plebeu apaixonado por uma nobre, Lady Delcardes. Apesar dos assassinatos, Kull não sentencia o homem à prisão, mas apenas ao exílio. Pouco tempo depois, assassinos tentam matar o rei e são impedidos por Brule, o lanceiro, que foi avisado pela... gata de Lady Delcardes!
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Kull enfrenta muitos perigos... |
Todos ficam espantadíssimos ao saber que a gata fala e faz previsões. Algo no mínimo inusitado numa série em que aparecia todo tipo de criatura sobrenatural e o inimigo do protagonista era um mago.
Algum tempo depois a gata avisa o rei que Brule corre perigo no lago proibido, o que leva a uma sequência de ação em que o rei enfrenta todo tipo de monstro e consegue uma espada mágica que pertenceu a antigos reis. No final ele descobre que Brule nunca esteve ali.
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... e ganha uma espada maneira! |
Apesar do bom texto e do desenho mais do que competente dos irmãos Severin, essa é uma trama em que quase nada parece fazer sentido, deixando várias pontas soltas: como o servo que controlava a gata sabia da tentativa de assassinar o rei? Por que o feiticeiroThusa Doom envia o rei numa jornada que no final o colocará numa situação ainda mais favorável?
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