quinta-feira, janeiro 19, 2023

Thor – Demônios duplicatos

 


Hoje em dia ninguém imaginaria ver Thor como uma espécie de Super-homem com um martelo. Entrentanto, nas primeiras histórias, na época em que a série era escrita por Robert Bernstein (a partir de sinopses de Stan Lee) e desenhada por Joe Sinnott, era exatamente isso que ocorria.

A história Demônios duplicatos, publicada em Journey into mystery 95 exemplifica bem isso.

A história começa com Thor ajudando um cientista chamado Zaxton a testar um androide fabricado por Don Blacke. O cânone tinha estelecido que a identidade secreta do deus do trovão era um médico genial. Mas um médico capaz de criar um androide? E não só isso! Um androide gênio da matemática! E não só isso: um androide com a pele indestrutível a ponto de não se abalar com um golpe do martelo de Thor. 

Donald Blake inventa um andróide indestrutível... que é destruído logo depois. 


Talvez os próprios roteiristas tenham chegado à conclusão de que isso era forçado demais e simplesmente destroem o androide logo no início quando Zaxton aperta todos os botões do controle remoto. Mas Zaxton é um gênio do mal e quer ajuda de Blacke para aperfeiçoar um aparelho que duplica tudo: não só coisas inanimadas, como um sofá, como coisas vivas, como um gato.

Quando o médico se transformar em Thor, o cientista maluco aproveita para duplica-lo. Um detalhe: as duplicatas, embora sejam fisicamente iguais, têm personalidade oposta. Assim, surge um Thor vilão!

A história é repleta de situações bizarras, como Zaxton duplicando um avião para impedir que thor se afastar de sua contraparte.

Cientista maluco cria uma duplicata malígna de Thor. 


Claro que no final tudo se resolve, mas hoje, lendo essas histórias em retrospecto, o que mais chama atenção é como toda essa HQ é muito semelhante às histórias do homem de aço da era de prata com seus enredos bizarros e ingênuos. Com uma diferença: para o super-homem essas situações funcionavam. Para Thor elas apenas parecem forçadas.

Para aumentar ainda mais essa percepção, o desenho de Joe Sinnott nessa história lembra muito o traço de Curt Swan, o célebre desenhista do super.  

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