Gom não responde, volume 47 da série Perry Rhodan é uma
continuação direta de Projeto aço arcônida, na qual Bell e um grupo de mutantes
vai à conferência dos aras com os superpesados e os mercadores galácticos para
tentar mudar as coordenadas da Terra no computador do único que sabe onde fica
nosso planeta.
No final do volume, eles escapam, mas uma força paranormal
faz com que sua nave caía no planeta Gom. O que acontece com eles e os perigos
enfretados é mostrado nesse volume escrito por Kurt Mahr.
Mahr descreve Gom como uma verdadeira ante-sala do inferno:
“Gom era um mundo de oxigênio, com uma gravitação na superfície de 1,9 e uma
pressão do ar de vinte atmosferas. Um mundo onde o homem não poderia parar de
pé mais que dois minutos e onde precisaria de proteção de trajes espaciais para
não ser esmagado pela fortíssima pressão”.
Se não bastasse isso, o planeta tem como habitantes locais os
solhas, placas marrom escuro que têm grande poder paranormal, sugam matéria e
podem se unir em seres gigantescos. Outra ameaça são os bios, seres artificiais
criados pelos aras.
A capa original alemã. |
Como é possível perceber, esse volume é um verdadeiro triller
de sobrevivência, que vai muito além daqueles que se passavam no planeta Vênus.
Uma surpresa do volume é a forma como Mahr trata Betty
Toufry. O volume, escrito no início da década de 1960 mostra a mutante de forma
pouco usual naquela época eminentemente machista, em que a maioria das heroínas
se limitava a gritar e ser salva pelos heróis.
Quando a nave cai no planeta, por exemplo, todos os homens
acreditam que a teriam que voltar para a nave para resgatar a garota que
estaria morrendo de medo. Mas encontram Betty sentada numa pedra, sorrindo. Já
no final da aventura, Bell aconselha a garota a ficar dentro da nave num
momento de perigo: “O negócio vai começar a pegar fogo, senhorita, o melhor é
ficar dentro da nave”. “Eu gosto de fogo, senhor Bell.”, responde ela. “Além
disso, não gosto que ninguém diga que sou covarde.”.
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