quarta-feira, março 01, 2023

Perry Rhodan – Gom não responde

 


Gom não responde, volume 47 da série Perry Rhodan é uma continuação direta de Projeto aço arcônida, na qual Bell e um grupo de mutantes vai à conferência dos aras com os superpesados e os mercadores galácticos para tentar mudar as coordenadas da Terra no computador do único que sabe onde fica nosso planeta.

No final do volume, eles escapam, mas uma força paranormal faz com que sua nave caía no planeta Gom. O que acontece com eles e os perigos enfretados é mostrado nesse volume escrito por Kurt Mahr.

Mahr descreve Gom como uma verdadeira ante-sala do inferno: “Gom era um mundo de oxigênio, com uma gravitação na superfície de 1,9 e uma pressão do ar de vinte atmosferas. Um mundo onde o homem não poderia parar de pé mais que dois minutos e onde precisaria de proteção de trajes espaciais para não ser esmagado pela fortíssima pressão”.

Se não bastasse isso, o planeta tem como habitantes locais os solhas, placas marrom escuro que têm grande poder paranormal, sugam matéria e podem se unir em seres gigantescos. Outra ameaça são os bios, seres artificiais criados pelos aras.


A capa original alemã. 

Como é possível perceber, esse volume é um verdadeiro triller de sobrevivência, que vai muito além daqueles que se passavam no planeta Vênus.

Uma surpresa do volume é a forma como Mahr trata Betty Toufry. O volume, escrito no início da década de 1960 mostra a mutante de forma pouco usual naquela época eminentemente machista, em que a maioria das heroínas se limitava a gritar e ser salva pelos heróis.

Quando a nave cai no planeta, por exemplo, todos os homens acreditam que a teriam que voltar para a nave para resgatar a garota que estaria morrendo de medo. Mas encontram Betty sentada numa pedra, sorrindo. Já no final da aventura, Bell aconselha a garota a ficar dentro da nave num momento de perigo: “O negócio vai começar a pegar fogo, senhorita, o melhor é ficar dentro da nave”. “Eu gosto de fogo, senhor Bell.”, responde ela. “Além disso, não gosto que ninguém diga que sou covarde.”.  

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