A morte da Terra, volume 49 de Perry Rhodan, é o fechamento
do primeiro ciclo de aventuras do personagem e, portanto, o ponto alto, no qual
se resolvem alguns dos maiores conflitos das primeiras histórias.
Na trama, saltadores, superpesados e aras decretam o fim do
planeta Terra, mas Rhodan estabelece um ardil: mudar os dados de navegação da
única nave que contém essa informação, fazendo com que o ataque aconteça no
terceiro planeta do sistema Beta.
Para dar credibilidade a essa versão, duas naves terrenas são
enviadas para o local, mas acabam descobrindo que o quarto planeta contém uma
base dos tópsidas, antigos inimigos de Rhodan. O que deveria ser um problema
vira a parte mais genial do plano: eles conseguem convencer os répteis de que os
mercadores cósmicos pretendem na verdade atacar a base instalada no quarto
planeta. Ou seja: colocam os principais inimigos do primeiro ciclo em rota de
colisão.
É exatamente isso que acontece em A morte da terra: a luta
entre saltadores e tópsidas, que terminará com a destruição do terceiro
planeta. Mas há um problema: um dos superpesados já visitou os sistema solar e
pode revelar aos outros que o ataque é um engano.
Esse é o fio condutor do enredo: o leitor nunca sabe se
Topthor conseguirá fazer sua revelação. Isso inclusive gera diversas ocasiões
de suspense.
O livro é escrito por Clark Darlton, que, embora não seja tão
bom quanto K. H. Scheer na descrição de batalhas, é alguém que sabe lidar com o
suspense. O resultado é um livro com alto nível, digno de fechar um ciclo.
Entrentanto, para quem leu todos os volumes, fica óbvio que
vários ganchos lançados no volume 46, escrito por Kurt Brand, ficaram como
pontas sotas. Nãos sabemos, por exemplo, quem era o traidor na nave de Talamon.
Como o autor da sinopse dos volumes era K. H. Scheer, um autor detalhista, é
possível que esses ganchos não estivessem na sinopse e tenham introduzidos por
Brand, que se esqueceu de solucioná-los no próprio volume.
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