Surgido no número 50 da série Perry Rhodan, o arcônida Atlan
logo chamou atenção e ganhou a simpatia dos leitores. Afinal, ele era um
verdadeiro exército de um homem só. Isso fica muito claro no número 54 da
série, quando ele consegue fugir e driblar todo o sistema de segurança da
Terra.
Escrito por K. H. Scheer, que nitidamente amava o
personagem, o livro é todo narrado em primeira pessoa. É uma escolha mais do
que acertada, já que permite ver o ponto de vista de um alienígena em nosso
planeta. Também permite conhecer melhor esse personagem imortal.
Já no primeiro capítulo somos surpreendidos por uma reflexão
psicológica, a respeito dos interrogatórios a que Atlan é submetido. “Há dias
estávamos brincando uns com outros. Recorreram a todos os truques puramente
psicológicos que conheciam. Tive que prestar muita atenção. Mas, afinal, eu era
um conhecedor mais profundo da mente. Não dispunham das mesmas experiências que
eu, nem estavam informados sobre as coisas que eu mesmo experimentara no correr
do tempo”.
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A capa original alemã. |
O volume também serve para sabermos como atlan esteve
presente em praticamente todos os momentos importantes da história da
humanidade: “Não havia quem soubesse dizer tão bem quanto eu porque o príncipe
Eugênio conseguira infligir uma derrota tão fulminante aos turcos”. Atlan
também lutara ao lado de Ricardo coração de leão e de Joana D´Arc. Também
ajudara Leonardo Da Vinci em algumas das suas invenções. Embora não seja dito
explicitamente, fica subetentendido que Atlan pretendia ajudar o
desenvolvimento científico da humanidade, apressando o dia em que a Terra
dominaria a navegação espacial. “Sua meta seria aproveitar isso para voltar
para Àrcon?”, indiga o leitor.
O volume não é chamado de O duelo por acaso. As façanhas de Atlan
fazem com que Perry Rhodan entre diretamente na perseguição, colocando duas
mentes geniais em conflito direto.
Quando, ao final, atlan é convencido a se aliar a Rhodan,
fica a pergunta: o cérebro robô de Árcon conseguiria resistir a essas duas
personalidades extraordinárias? O final do volume deixa a promessa de grandes
aventuras.
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