Em 1986 a DC Comics tinha acabado de sair do mega-sucesso Crise nas infinitas terras e a ideia era reformular seus principais personagens. Frank miller fez Batman ano 1, George Perez ficou responsável pela Mulher Maravilha e John Byrne foi chamado para fazer uma versão totalmente nova do homem de aço.
Para marcar esse novo momento foi criada uma nova revista, The Man of stell.
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Byrne mostra uma versão diferente de Kripton. |
Byrne diminuiu os poderes do personagem e recontou sua origem. Nada muito diferente do que conhecemos: Jor-El percebe que uma pressão no centro do planeta irá destruir Kripton. Ele envia seu único filho dentro de um foguete para ser criado na terra. A versão de Byrne para Kritpon é visualmente muito diferente do que até então se via nos quadrinhos e estava muito mais próxima dos filmes. Também apresenta alguns detalhes sobre a cultura local. Quando Jor-el mostra o local onde seu filho crescerá, a esposa fica horrorizada: “Ele está expondo sua pele ao vento e pisando em solo não processado!”.
Na comparação com a cultura antisséptica de Kritpon, a sequencia seguinte, com Clark Kent jogando futebol americano, é um contraste imenso.
O roteiro de Byrne é como seu desenhos: simples, mas eficiente. Não há grandes ousadias estéticas ou narrativas, só uma boa história de origem com direito a bifes (diálogos explicativos), como quando Jonathan Kent explica ao filho adotivo como ele foi achando e adotado pelo casal.
A cena em que o super experimenta a roupa é ingênua, mas combina bem com o personagem: na versão de Byrne, a mãe adotiva faz a roupa do personagem e o pai lhe ensina a pentear o cabelo de forma diferente como forma de disfarçar. No final, a história fecha com uma tremenda splah page do personagem voando na direção do leitor no melhor estilo elegante que tornou Byrne célebre.
Hoje é difícil imaginar o impacto que essa história teve sobre os leitores e até sobre quem não era fã. Para se ter uma ideia, a versão de Byrne chegou a ser capa até da revista Time em 1988, época em que o personagem completava 50 anos.
No Brasil essa história foi publicada pela abril em clássicos DC 1 e na revista Super-homem 38.
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