Um dos grandes diferenciais do gibi do Quarteto Fantástico,
mesmo na relação com outros títulos da Marvel, é a pegada de ficção científica
do título, dando a ele um sense of wonder que outras publicações da casa das
ideias não tinham.
Essa característica, embora já fosse entrevista nos números
anteriores, vai se firmar Fantastic Four 7.
Na história, o planeta x está próximo de ser devastado por um
asteroide que irá se chocar com ele (lá na frente o asteroide vira um planeta).
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O raio de hostilidade é uma loucura. |
Assim, o governante local, Kurrgo, manda uma nave com um
robô para a Terra para sequestrar o Quarteto e obrigar Reed Richards a
encontrar uma solução.
Para convencer o grupo a embarcar, o robô solta um tal de “raio de hostilidade”, que
faz com que todos se voltem contra os heróis. Eles estão no congresso,
recebendo uma homenagem quando um congressista diz: “É hora do povo descobrir
que vocês quatro são a maior ameaça que já recaiu sobre este país!” e todo
mundo à volta passa a atacar o quarteto.
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O planeta X vai ser destruído. |
O robô poderiam simplesmente pedir a ajuda do grupo, mas o
despótico Kurrgo não parece muito afeito a convenções sociais.
Quando chega ao planeta, Reed descobre que o asteroide (ou
planeta, ou cometa, Stan Lee ainda está decidindo) está prestes a se chocar
contra o planeta x e encontra uma solução para colocar toda a população do
planeta em uma nave de fuga: encolher todo mundo. A solução funcionaria bem
melhor se ele a usasse de outra maneira, encolher o asteroide, mas sem isso não
teríamos o final no qual o ditador cai em desgraça em sua sede de poder.
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Kirby estreia começa a usar splah pages grandiosas para abrir os capítulos. |
Essa solução deixou uma tremenda ponta solta. No final o Senhor Fantástico diz que quando
chegarem ao novo planeta, todos terão tamanho reduzido, mas então quem pilota a
nave, que tem controles para pessoas de tamanho normal?
Essa história em específico tem uma grande inovação
narrativa que ia ser um diferencial dos quadrinhos Marvel. De seis em seis
páginas, a história apresentava uma abertura de capítulo, com um quadro de
impacto e título. Mas nessa história, Jack Kirby resolveu transformou o quadro
de impacto numa splah page. A primeira delas não é tão grandiosa, mas a
segunda, mostrando os heróis descendo num elevador gravitacional, é de tirar o
fôlego, com uma perspectiva incrível e os detalhes tecnológicos expressionistas
que eram a especialidade de Kirby.
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