quarta-feira, fevereiro 21, 2024

Doutor Estranho – Por ter amado... e perdido

 



No número 55 da revista do Doutor Estranho, o Mestre das Artes Místicas havia perdido sua amada Cleia, que partira para outro plano. Isso o fez mergulhar em profunda depressão. Rogers Stern usa isso como mote para uma das melhores histórias do personagem.

Com desenhos de Michael Golden e Terry Austin, a história inicia com a aparição de um misterioso mago: “Ainda agora desejou estar morto, por isso estou aqui”. O mago puxa o espírito de Strange e o leva a uma realidade no qual o Doutor Estranho não se tornou o mestre das artes místicas. Assim, Mordo se transformou no principal discípulo do Ancião.

A sequência inicial lembra O conto de Natal, de Dickens. 


Essa sequência lembra muito o Conto de Natal de Dickens, nos qual os espíritos dos natais passados, presente e futuro visitam um velho rabugento para lhe ensinar uma lição e levá-lo a uma jornada de redenção. O objetivo aqui, entretanto, não é provocar redenção, mas sim confusão. A sequência pula outra em que o Doutor Estranho é apenas um personagem de filmes e até de livros ilustrados.

Roger Stern introduz uma homenagem aos criadores do herói: Stan Lee e Steve Ditko aparecem, respectivamente como escritor e ilustrador dos livros. “Eureka, Ted, nosso amigo aqui acabou de me dar uma ideia de argumento para aquela tirinha do Doutor Estranho que você quer desenhar”, exulta a versão de Stan Lee. Apesar da homenagem clara, os nomes foram modificados, talvez pela relação conflituosa que Ditko tinha com a Marvel.

Stan Lee e Steve Ditko aparecem na história. 


E a história vai seguindo assim, em ritmo alucinante e ao mesmo tempo alucionógeno, com situações cada vez mais bizarras, até que se descobre quem está por trás de tudo.

Esse é um exemplo de como Roger Stern foi um dos roteiristas que mais tiveram carinho pelo Doutor Estranho.

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