Os perigos do poder são um dos temas mais
abordados na série clássica de Jornadas nas Estrelas. E esse é o tema de o
estranho Charlie, episódio da primeira temporada.
Na história, a Enterprise resgasta um rapaz que
é o único sobrevivente de uma colônia terrestre em um planeta alienígena. Sua
sobrevivência é um mistério, uma vez que ele ainda era uma criança quando os
adultos morreram e só havia comida para um ano.
Com o tempo, coisas estranhas começam a
acontecer. A nave que levara Charlie até a Enterprise explode pouco antes de
passar para Kirk uma mensagem importante. Esses e outros fatos vão dando o
expectador a certeza de que o garoto tem poderes especiais.
Ao mesmo tempo, ele é um jovem com hormônios à
toda toda e está apaixonado pela comissária Rand.
Kirk deve lidar com essa situação em que o
destino da sua nave está nas mãos de jovem instável, birrento e extremamente
poderoso.
Há aspectos estranhos, como quando Kirk tem
uma grande dificuldade de conversar com o garoto sobre como se relacionar com
mulheres. Considerado se que a história se passa no futuro, é estranho essa
falta de habilidade para falar de algo natural e parece refletir muito mais a
moral dos anos 50.
Além disso, a resolução do caso parece um
deus ex Machina.
Apesar desses pequenos problemas, esse é um
episódio memorável. A roteirista DC Fontana trabalha muito bem o personagem de
Charlie, fazendo com que chegaremos até a simpatizar com ele, apesar das
atrocidades cometidas.
É que Jornada os vilões nunca eram simplesmente vilões.
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