Uma das características que fazem da série Perry Rhodan
admirável é o fato de a história ter sido planejada de forma que algo que
acontecia em um volume muitas vezes tinha consequências muitos livros depois.
Exemplo disso acontece no primeiro ciclo, quando um sargento, tentando se
esconder dos saltadores, pousa em uma lua e encontra o que parece ser uma bola
inteligente capaz de mostrar fatos que estariam acontecendo em qualquer outro
local do universo.
Esse personagem misterioso vai reaparecer no número 76 da
série. Rhodan percebe que na guerra contra os druufs precisa de um aliado capaz
de descobrir o que acontece na dimensão deles e manda um dos seus oficiais
procurar o mistério ser esférico. Esse ser passa a ser chamado de Harno, em
homenagem ao sargento que o descobriu, Harnahan.
Uma curiosidade é que esse ser diz conhecer Rhodan, mas não lembra de onde, o que joga um mistério para ser resolvido lá na frente, deixando o leitor em suspense, como fazem os bons autores.
Esse livro, aliás, é escrito pelo ótimo Clark darlton, que
consegue dar verossimilhança para um plano Maluco de Rhodan: aliarse aos
druufs.
Para isso ele ataca naves arconidas, salvando uma nave dos
seres da outra dimensão temporal e seguindo os até aquela dimensão.
Parece um plano destinado ao fracasso desde o primeiro
minuto, mas acaba se revelando uma jogada acertada no xadrez cósmico.
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