quinta-feira, março 14, 2024

Perry Rhodan – O olho vermelho do sistema Beta

 



O número 48 de Perry Rhodan, escrito por Clark Darlton, é um livro viciante por ser a continuação de uma trama muito bem elaborada, que fechava o primeiro ciclo.

Nos números anteriores, os aras resolvem acabar com a Terra e para isso usam os saltadores e superpesados, mas os mutantes conseguem entrar na nave do único superpesado que sabe a posição de nosso planeta e mudam as informações do computador.

A ideia era enganar os aras, saltadores e superpesados, fazendo-os atacar o terceiro planeta do sistema Beta como se fosse a Terra.

O olho vermelho do sistema Beta é focado nas duas naves terrenas que são envidas para esse sistema com a missão de rechaçar os ataques dos superpesados, simulando uma defesa terrena. Mas o major Deringhouse está curioso com o quarto planeta, onde há registro de vida inteligente e resolve investigar, o que leva à trama do volume e à solução magistral para o conflito que se avizinha.

A capa original amelã. 


É o próprio Deringhouse que batiza o quarto planeta, chamando-o de Aqua.

O planeta é uma incógnita, pois é quase todo tomado por um mar, com uma pequena faixa de terra do tamanho da Europa. No entanto, a única construção que os terrestres encontram é uma construção baixa, com cúpulas, na beira da água. “É uma coisa singular”, pensa o major. “O planeta só tem esse continente e a gente supõe que os habitantes teriam que aproveitar cada metro quadrado. Devia haver lá embaixo um emaranhado de casas e instalações como em nossas capitais. E o que vemos? Nada, absolutamente nada. Onde estão os homens?”.

Essa pergunta estabelece o clima de mistério do volume e é a principal razão pela qual a leitura é interessante no início.

Entretanto, depois, quando os humanos dão de cara com os tópsidas, a trama pega fogo e ganha uma reviravolta inteligentíssima. Os tópsidas foram um dos primeiros adversários siderais dos terranos. Seres reptilianos, eles tentavam invadir o sistema Veja e foram impedidos pelo grupo de Rhodan, que chegou ao ponto de lhes roubar uma nave.

Ao colocar os tópsidas nesse volume, Scheer, o autor da trama geral, costura perfeitamente a história, criando uma situação em que estão no palco todos os principais inimigos dos terranos nesse primeiro ciclo, o que deixa o leitor ainda mais apreensivo para ler o volume seguinte. 

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