sexta-feira, abril 26, 2024

Thor contra o Homem-lava

 


No número 97 da revista Journey into Mystery, a dupla Jack Kirby – Stan Lee voltou, provavelmente para alívio dos leitores, que vinham acompanhando uma sequência sofrível de histórias capitaneadas por outros autores. A HQ desse volume nem longe se compara aos grandes momentos da dupla no título do deus do trovão, mas mesmo assim é divertida e empolgante.

Na trama, um ser de lava sai de um vulcão disposto a expulsar a humanidade da superfície da terra: “Há muito tempo habitamos o subsolo enquanto vocês, fracotes, usufruem os benefícios da superfície!”. É uma trama reciclada, já que tanto o Toupeira quanto Namor tinham motivações semelhantes, mas quem liga?

Kirby devolveu grandiosidade ao título. 


A ameaça parece realmente impressionate. O vilão é capaz de derreter as armas dos soldados, de modo que as pessoas fogem da cidade, apavoradas. Enquanto a cidade pega fogo, Don Blake tem outras preocupações: ele está apaixonado por Jane Foster, mas teme dizer-lhe e depois não ter a autorização de Odin para realizar esse amor (de fato, quando consultado, o soberano de Asgard chama o filho de louco). A moça, ofendida, resolve mudar de clínica.

Jane Foster fica muito mais bonita com a arte-final de Don Heck. 


Quando finalmente resolve deixar de lado suas preocupações românticas, Thor enfrenta o Homem de lava e o leitor se alegra ao perceber que, no traço de Kirby, o personagem voltou a ter a grandiosidade que merecia. A forma como ele derrota o vilão também é verossímil, ao contrário das edições anteriores, em que o roteirismo imperava.  

Uma curiosidade é que essa história é arte-finalizada por Don Heck, que faz um bom trabalho, dando um ar diferente ao traço de Kirby. A enfermeira Jane Foster, por exemplo, fica muito mais bonita. 

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