O número 57 apresenta uma história isolada dentro da saga, quase um conto.
Escrito por Kurt Mahr, o volume é centrado em Horace O. Mullon, líder do grupo conhecido como Democratas autênticos. Ele se dirige a Terrânia com um objetivo muito claro: matar Perry Rhodan, que ele considera um ditador. Mas, antes que consiga seu objetivo, ele se depara com outro grupo, os Filósofos da Natureza, liderados por Walter Hollander, que também pretende assassinar Rhodan.
A trama gira em torno das tratativas desse plano de assassinato. Em uma narrativa paralela, o administrador do Império Solar é informado de todos os passos dos dois grupos, o que parece uma estratégia narrativa burra, já que tira todo o suspense da história, já que sabemos de antemão que o atentado irá fracassar (se bem que, qualquer leitor minimamente inteligente desconfiaria que o protagonista da série não seria morto no volume).
A capa original alemã. |
Há também uma atenção muito parca às motivações dos dois grupos. Não fica muito claro porque os democratas autênticos, que parecem um grupo bem intencionado, consideram Rhodan um ditador. Dos filósofos da natureza, temos apenas a impressão que se trata de um grupo que professa uma volta a um passado menos tecnológico, o que de fato não se bate com a realidade, já que os mesmos não fazem qualquer objeção a usar meios tecnológicos.
Essa pouca atenção às motivações e a ausência de suspense da primeira parte do volume são compensadas por um plot twist no final do primeiro ato: a história não é sobre o atentado a Rhodan, mas sobre o que acontece com as pessoas que se envolveram de alguma forma nesse atentado.
Nesse sentido, Mahr consegue escrever uma história envolvente, cheia de ação e suspense, com um final que se não chega a ser surpreendente, é, para dizer o mínimo, engenhoso.
Em outras palavras, O atentado é um daqueles livros que parecem não prometer nada, mas entregam muito.
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