sexta-feira, agosto 09, 2024

A arte pulp de Margaret Brundage


Margaret Brundage foi uma pintora norte-americana famosa por suas capas realizadas para a revista pulp Weird Tales.

De descendência sueca e Irlandesa, Margaret perdeu o pai muito cedo e foi criada pela mãe e pela avó. Como tinha talento para desenho e a família precisava de dinheiro, passou a percorrer as editoras da cidade de Chicago em busca de trabalho. Farnsworth Wright gostou de seu traço e pediu para que ela fizesse uma capa para a revista Oriental Stores (posteriormente chamada de Magic Carpet).

O resultado impressionou tanto o editor que ele resolveu transformar Margaret na principal artista de capa da revista Weird Tales, que ela ilustrou de 1932 a 1936, incluindo uma sequência de 39 capas consecutivas.

Ela recebia 90 dólares por capa, o suficiente apenas para sustentar a si mesma, o filho e a mãe inválida.

Suas artes para a Weird Tales eram caracterizadas, provavelmente por pressão do editor, por donzelas nuas ou semi-nuas em situações de perigo. Os escritores costumavam incluir nos seus contos imagens assim para que Brundage os escolhesse para ilustrar, dando destaque ao conto na capa (os textos com destaque rendiam um pagamento mais generoso).

Farnsworth Wright creditava as capas apenas como M. Brundage, com medo de uma reação negativa dos leitores. De fato, quando ele revelou que era uma mulher que pintava as capas, a revista passou a receber diversas cartas com críticas à arte.

Com a mudança da sede da revista de Chicago para Nova York, um novo padrão de decência foi estabelecido, muito em decorrência das exigências do prefeito Fiorello La Guardia. Com isso o principal tema de Brundage, as mulheres nuas, sumiram das capas. Além disso, como ela continuava morando em Chicago, o transporte das artes originais tornou-se um problema. Esses dois fatores fizeram com que os novos editores parassem de encomendar capas a partir da década de 1940.

Margaret Brundage nunca se recuperou da perda de trabalho na Weird Tales e morreu em relativa pobreza em 1976.

















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