Margaret Brundage foi uma pintora norte-americana famosa por suas capas realizadas para a revista pulp Weird Tales.
De
descendência sueca e Irlandesa, Margaret perdeu o pai muito cedo e foi criada
pela mãe e pela avó. Como tinha talento para desenho e a família precisava de
dinheiro, passou a percorrer as editoras da cidade de Chicago em busca de
trabalho. Farnsworth Wright gostou de seu traço e pediu para que ela fizesse
uma capa para a revista Oriental Stores (posteriormente chamada de Magic
Carpet).
O
resultado impressionou tanto o editor que ele resolveu transformar Margaret na
principal artista de capa da revista Weird Tales, que ela ilustrou de 1932 a
1936, incluindo uma sequência de 39 capas consecutivas.
Ela
recebia 90 dólares por capa, o suficiente apenas para sustentar a si mesma, o
filho e a mãe inválida.
Suas
artes para a Weird Tales eram caracterizadas, provavelmente por pressão do
editor, por donzelas nuas ou semi-nuas em situações de perigo. Os escritores
costumavam incluir nos seus contos imagens assim para que Brundage os
escolhesse para ilustrar, dando destaque ao conto na capa (os textos com
destaque rendiam um pagamento mais generoso).
Farnsworth
Wright creditava as capas apenas como M. Brundage, com medo de uma reação
negativa dos leitores. De fato, quando ele revelou que era uma mulher que
pintava as capas, a revista passou a receber diversas cartas com críticas à
arte.
Com
a mudança da sede da revista de Chicago para Nova York, um novo padrão de
decência foi estabelecido, muito em decorrência das exigências do prefeito
Fiorello La Guardia. Com isso o principal tema de Brundage, as mulheres nuas, sumiram
das capas. Além disso, como ela continuava morando em Chicago, o transporte das
artes originais tornou-se um problema. Esses dois fatores fizeram com que os novos
editores parassem de encomendar capas a partir da década de 1940.
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