terça-feira, agosto 27, 2024

A lenda do vampiro

 

As lendas de vampiros são muito antigas e aparecem em diversos povos. Muitas delas estão associadas ao beijo. Acreditava-se que, através do beijo, era possível roubar a vida de uma pessoa.
Alguns povos africanos acreditavam que o beijo era um ato diabólico e que a pessoa beijada teria sua alma absorvida.
Entre os astecas, o beijo simbolizava a oferta ritual de uma pessoa que seria sacrificada aos deuses.
Em muitas culturas, o sangue simboliza a vida, a paixão, o poder e a força. A cor vermelha é historicamente associada tanto ao perigo quanto ao sexo. Na época da ditadura e da censura, as revistas masculinas podiam mostrar muito pouco, os fotógrafos estouravam a cor vermelha para dar mais sensualidade às fotos. A relação com o perigo ficou claro numa campanha contra a violência no trânsito que mostrava um sinal de trânsito vermelho se transformar numa bolsa de sangue.
Assim, o ato do vampirismo é uma troca de fluídos, como o sexo, e como no sexo, o líquido trocado é ligado à vida. Mas, por outro lado, é também associado ao medo. É possível que o fascínio dos vampiros esteja justamente na associação de vida e morte, sexo e horror. Eros (deus grego do amor e do erotismo) e Thanatos (encarnação grega da morte), representam justamente essas duas facetas da realidade que parecem se unir no mito vampiresco. 

Assim, o mito do vampiro fala sobre verdades universais que são igualmente tabus e com as quais os adolescentes precisam lidar, embora muitas vezes não possa lidar diretamente com elas.

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