Na era das grandes navegações, havia os piratas, que atacavam navios de qualquer bandeira – e os corsários, que atuavam com consentimento da coroa de seu país e só atacavam navios inimigos. Chuck Dixon e Enrique Alcatena imaginaram o que aconteceria se Batman fosse um corsário a serviço da marinha inglesa, cujo navio, Raposa Voadora, atacava apenas navios espanhóis.
Esse é um daqueles casos em que a excelência do desenhista se destaca na obra e faz, inclusive, o roteirista se esmerar na qualidade do texto, como já podemos ver logo na primeira página, que mostra dois navios em combate no traço extremamente detalhado do argentino. O texto diz: “Onde quer que piratas se reúnam, onde quer que cãe do mar cantem, eles hão de uivar a canção da Raposa Voadora e do homem chamado Asas de Couro. Foi sob o manto das trevas, no reinado do bom Rei James, que suas vela negras tremularam enquanto canhões ecoavam por toda a extensão do domínio espanhol”.
O traço de Alcatena impressiona pelo detalhismo. |
A parte seguinte, uma página dupla de Batman e seus corsários invadindo o navio inimigo, é ainda mais impressionante pelo detalhismo e traço sujo.
Dixon introduz um Coringa na história, um pirata que tem como objetivo descobrir o esconderijo do Asa de couro e roubar-lhe os tesouros. E, de novo, temos uma cena impressionante com a sua primeira aparição: o rosto transtornado num sorriso demoníaco de dentes irregulares, argolas nas orelhas e no nariz e o cabelo verde tomando todo o quadro.
A primeira aparição do Coringa é impressionante. |
Completam o grupo de personagens uma versão da Mulher-gato, também ela uma pirata, e Robin, um pequeno ladrão das docas que sonha fazer parte da tripulação do Rapousa Voadora. A história é divertida e encaixa bem os elementos, mas a grande atração ali, sem dúvida é o desenho.
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