De todos os personagens do Esquadrão Atari, o mais inusitado é o Bebê. Imagine um ser imenso, extremamente forte, mas que pensa e fala como uma criança pequena. A introdução dele na equipe por si só já tornaria a série revolucionária.
O número 8 da publicação foi totalmente focado nesse personagem e, por isso mesmo, é um dos melhores de toda a série.
A históri fornece o cenário ideal para a criatividade de Garcia-López |
No número anterior, Morfea vai até a nave do vilão para resgatar Chris, Martin, Dart e Paco Rato. Preocupado, Bebê resolve embarcar numa nave auxiliar e procurar pela empata. No processo, ele acaba indo parar em um planeta desconhecido e é atacado por um monstro de três cabeças, mas consegue com facilidade rechaçar o ataque. “A gente tá perdido?”, pergunta ele, em meio ao choro convulso. “Bebê saiu do módulo pra salvar Morfa do homem mau. Bebê só queria ajudar!”.
Pouco depois ele acaba achando o último sobrevivente da raça local, o baixinho que posteriormente seria chamado de Taz e, mesmo sem entender o que estava fazendo, acaba ajudando o baixinho a vingar seu povo, exterminado por invasores.
Mesmo com todos os problemas de comunicação, os personagens conseguem se entender. |
Essa história, simples, mas tocante é um encontro de genialidades. Gerry Conway, o roteirista, maneja muito bem os diálogos de três personagens difíceis. Hukka é um animal com inteligência limitada que fala frases como “Hukka!! Machucado! Hukka!”. Taz fala em uma língua desconhecida, representada por caracteres desconhecidos. E bebê, bem, ele fala como um bebê. Imagine então as conversas entabuladas por esses três. E, incrivelmente, o leitor entende, ou advinha, tudo que está sendo dito.
Bebê ajuda o baixinho a combater os invasores. |
Já Garcia-López encontra, nessa história, o cenário ideal para sua imaginação. A paisagem alienígena, os animais alienígenas, tudo é impressionante.
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