Estudos recentes demonstram que psicopatas têm mentes com características especiais.
Uma das pistas pode estar no lobo frontal.
O auto-controle, o planejamento, o equilíbrio das necessidades dos indivíduos versus as necessidades sociais são mediadas pela parte frontal do cérebro. O córtex frontal está associado também ao medo condicionado. Quando um rato é punido toda vez que acende uma luz em uma gaiola, ele associa a luz à punição e é essa área do cérebro que é acionada.
Antônio e Hama Damasio, dois neurologistas da Universidade de Iowa investigaram as bases neurológicas da psicopatia. Eles demonstraram que indivíduos que haviam tido danos no córtex frontal ventromedial desenvolveram conduta social anormal. Eles tomavam decisões inadequadas e tinham pouca habilidade de planejamento a longo prazo.
Os dois pesquisadores reconstituiram neurologicamente o primeiro caso conhecido de alteração de personalidade em decorrência de um dano cerebral.
No século XIX, na Inglaterra, Phineas Cage, um supervisor de obras ferroviárias, perdeu uma parte do cérebro quando uma barra de ferro atravessou seu crânio após uma explosão. Ele sobreviveu muitos anos, mas se tornou abusivo e agressivo, irresponsável e mentiroso. Um conterrâneo disso dele: "Phineas não é mais o Phineas".
Os psicopatas parecem ter dificuldade também de acionar a área do cérebro responsável pela emoção. Eles só teriam as chamadas proto-emoções - sensações de prazer, fúria e dor menos intensas que o normal, o que os leva a sempre buscar novos estímulos, seja matando uma pessoa ou arriscando tudo num golpe.
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