O número dois da revista Camelot é marcado pelo início, no qual a espada Excalibur aparece na plenária da ONU, onde representantes de vários países discutem a invasão extraterrestre a Inglaterra sem tomar qualquer atitude real. A inscrição diz: “Aquele que retirar a espada desta pedra será, por direito, o Rei de toda a Bretanha”.
Isso é uma estratégia de Merlin para validar
Arthur e mostrar para a população mundial que o herói clássico está de
volta.
Arthur tira a espada Excalibur da pedra.
Mas quando o trio formado por Arthur, Merlin
e Tom chega ao local, neo humanos, criminosos alterados geneticamente para
servir ao estado, estão atacando a multidão, incluindo mulheres e crianças.
O rei resolve intervir e, para surpresa de
todos, ele não só sobrevive, como vence a monstruosidade. “Em um combate
mortal, Arthur nunca se contenta em sobreviver. Ou ele perece ou triunfa”.
A história é entremeada por uma narrativa
paralela, que mostra diversas pessoas assistindo televisão. Elas sorriem
interessadas quando Arthur vence o combate. Mas quando ele tira a espada da
pedra ( em uma página dupla impressionante de Brian Bolland), elas pulam de
alegria e comemoração, certas de que surgiu um herói capaz de debelar a invasão
extraterrestre.
Ao mesmo tempo, Merlin lança um feitiço que
tem como objetivo despertar os cavaleiros da Távola Redonda. Mas ao contrário
de Arthur, eles não ficaram dormindo. Ao contrário, eles reencarnaram e agora
cada um tem uma nova vida.
Uma narrativa paralela mostra a reação do povo aos acontecimentos.
O feitiço é modificado e o trio precisa ir
com cada um deles para fazê-lo lembrar. Guinevere e Lancelot são os primeiros -
e no cumprimento dos dois percebe-se que a paixão entre eles ainda existe,
antecipando o retorno da tragédia que se instalou na Camelot original.
Ao final desse número, vemos pela primeira vez a vilã, Morgana lê frey. Vestida com trajes mínimos, ela olha desafiadoramente para o leitor, como se sua bruxaria lhe permitisse ultrapassar os limites da quarta parede. Sobre uma mesa, um vidro com o que parece um ser vivo em agonia. No chão, acorrentado, um macaco deformado.
Uma única imagem sintetiza tudo sobre a vilã.
Apesar de toda a sua beleza, a
maldade da personagem é latente. Mas, para além dos itens de feitiçaria, ela
manipula botões de um teclado, mostrando que essa nova versão domina a
tecnologia. Em uma única página, temos tudo que precisamos saber a respeito da
vilã.
Mike w. Barr constrói um roteiro redondo,
enquanto Brian Bolland dá uma aula ao aliar uma narrativa visual bem construída
com um desenho encantador.
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