quinta-feira, novembro 07, 2024

Conan – Escravo nas galés

 


Roy Thomas está tão associado ao Conan que é difícil imaginar uma história em quadrinhos do bárbaro escrita por outra pessoa. No entanto, uma pessoa que conseguiu escrever ótimas histórias do personagem foi Bruce Jones.

A Ilha da Aranha, publicada em Conan The Barbarian 140 e 141 é um exemplo disso. Com desenhos do mestre John Buscema, Jones conta uma tremenda uma história, repleta de ação e terror, duas características essenciais das histórias originais do bárbaro.

A história começa com Conan sendo levado para um navio... 

A história começa com Conan desacordado sendo carregado para dentro de um navio. O capitão reclama: “Vocês levaram metade da noite, Frank!”. “Este cimério é forte! A droga levou o dobro do tempo para agir!”, responde o marinheiro.

A razão pela qual Conan está sendo levado desacordado para o navio só é explicada depois, em um flash back.

... a razão para isso só é explicada num flash back. 

O Capitão estava na noite anterior bebendo em um bar quando foi abordado por uma prostituta. Desconfiado de que ela queria roubá-lo, ele ameaçou deformar seu rosto com o gancho que usa no lugar da mão esquerda. Conan não só impediu que ele fizesse isso como ainda o derrubou, fazendo com que ele se tornasse motivo de riso.

A cena que vemos no início é, portanto, resultado de uma vigança.

Segue-se uma sequencia de eventos: o cimério é quase morto, acaba sendo colocado como escravo nas galés e mata o capataz.

A história faz referência à mitologia lovecraftiana. 

Enquanto isso o capitão, num interlúdio romântico com uma moça apavorada, cujo pai foi assassinado na sua frente, resolve visitar uma ilha. E os escravos, assim como a tripulação vão junto para coletar alimentos. Tudo é, no entanto, uma estratégia de vingança do pai da moça, que não morreu graças às magia negra, com direito até mesmo a uma homenagem a Lovecraft: “Esse foi o preço que paguei aos deuses negros de Rlyeh! Eu supliquei aos filhos do grande Ctchulhu e, em pagamento, eles me fizeram este castelo... e completaram minha vigança contra o odiado Davalte!”.

A sequência dos zumbis-aranhas é eletrizante. 

Claro que o homem ficou louco e a vingança acaba se voltando também contra Conan, a moça e um marinheiro. Segue-se uma sequência alucinante em que os três são perseguidos por zumbis controlados por aranhas, algo ainda mais destacado pela arte dinâmica de John Buscema.  

No Brasil essa história foi publicada pela editora Abril em Conan, o bárbaro 13. 

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